Na seleção, Ramires admite "espionar" corintiano Paulinho pensando no Mundial

Fernando Duarte

Do UOL em Wroclaw (Polônia)

  • Mowa Press

    Ramires, volante da seleção, tenta roubar a bola de jogador do Iraque durante amistoso em Malmo, na Suécia

    Ramires, volante da seleção, tenta roubar a bola de jogador do Iraque durante amistoso em Malmo, na Suécia

De temperamentos semelhantes – ambos tímidos e avessos a entrevistas -, Ramires e Paulinho são dois jogadores que vem se transformando numa das poucas certezas da seleção brasileira de Mano Menezes.  Ainda que tenha disputado apenas uma partida junta como volantes (a goleade de 6 a 0 sobre o Iraque, na quinta-feira), a dupla já vinha agradando por méritos individuais. Mas agora quer continuidade para garantir a proteção à defesa nesses tempos de escalações ofensivas por parte do treinador.

A ironia é que passar mais tempo junto também servirá como oportunidade de espionar o trabalho alheio, pois os dois poderão estar em lados opostos na final do Mundial de Clubes da Fifa, em 16 de dezembro. Um dos principais jogadores do Chelsea na temporada de 2011/12, quando clube londrino levantou seu primeiro título europeu, Ramires admite que está aproveitando para observar o comportamento do colega.

''Algumas coisas a gente pode passar. Vejo o Paulinho na seleção e no Corinthians. Marca bem e tem chegada forte, é um dos jogadores que podem se destacar no Mundial'', contou Ramires, numa entrevista coletiva realizada pouco antes do treino da tarde deste sábado, no centro de treinamento do Slask Wroclaw.

Antes do Mundial, porém, como diz o próprio corintiano Paulinho, é preciso arrumar a casa na seleção. Antes de trabalhar muito bem contra os iraquianos, em que fragilidade do adversário facilitou um pouco a missão, ele e Ramires precisar investir em entrosamento, estiveram em campo ao mesmo tempo apenas em duas partidas (vitórias por 3 a 0 sobre a Suécia, em agosto, e 1 a 0 sobre a África do Sul, mês passado), mas em posições e o jogador da equipe paulista admite que há ajustes a ser feitos em termos de posicionamento.

''É difícil, nós dois temos características de sair para o jogo, dentro da partida precisamos ter a conversa de quando um sobe e o outro precisa segurar mais. É uma questão apenas de tempo e trabalho para se adaptar'', diz Paulinho.

Diante de um Japão que vem embalado por uma vitória sobre a França em Paris, Ramires e Paulinho terão um teste mais encorpado, até porque um dos principais jogadores da equipe asiática no momento é o meia Shinji Kagawa, do Manchester United. Kagawa, por sinal, foi o autor do gol da vitória em Paris, que surgiu de um rápido contra-ataque após um escanteio dos franceses.

''Vi pedaços do jogo. Teremos que tomar cuidado com eles, especial com essa saída para o contra-ataques'', opinou Ramires

 

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