Após gastar R$ 1 bilhão com reforma, DF vai privatizar controle de estádio da Copa

Do UOL, no Rio de Janeiro*

O governo do Distrito Federal está preparando uma licitação para transferir à iniciativa privada a administração do Estádio Nacional Mané Garrincha. O governador Agnelo Queiroz afirmou nesta segunda-feira que, antes da Copa do Mundo de 2014, uma empresa assumirá a arena.

Oficialmente orçada em cerca de R$ 800 milhões, a reforma do Estádio Nacional para a Copa de 2014 já é a terceira mais cara entre a dos 12 estádios do Mundial. Apesar disso, seu custo ainda não leva em consideração licitações para construção de um túnel, de um estacionamento e de obras de urbanismo em torno do estádio. Com tudo isso, a obra para a preparação da arena custará cerca de R$ 1 bilhão.

Como o Estádio Nacional pertence ao DF, o custo da obra está sendo pago integralmente com dinheiro público. Logo depois de pronto, porém, será uma empresa privada que vai explorá-lo.

De acordo com o governador Agnelo Queiroz, já há empresas interessadas em assumir o controle do estádio. Algumas delas, são empresas do exterior.

Para o governador, a concessão do estádio à iniciativa privada é importante para que ele se insira no calendário internacional de grandes eventos. "Já existe interesse por parte de muitas empresas na administração deste espaço multiuso que será muito importante para o desenvolvimento econômico da cidade", afirmou Queiroz, durante visita à obra da arena.

Já o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que a concessão vai evitar que o estádio de Brasília se torne um "elefante branco". "Para quem diz que o estádio será um elefante branco, respondo que elefante branco vai continuar sendo por muito tempo apenas o simpático nome de uma escola pública do Distrito Federal", disse ele, que também esteve na obra.

Além do Estádio Nacional, a administração do Maracanã também repassada a uma empresa assim que sua reforma for concluída. O governo do Rio de Janeiro já publicou um edital para receber projetos para o estádio e, até fevereiro de 2013, ele deve ser concedido.

A empresa IMX, do empresário bilionário Eike Batista, já demonstrou interesse no Maracanã. Ela foi a única companhia que apresentou uma proposta para a concessão do estádio.

Essa proposta ainda está em análise pelo governo do Rio. Deve ser ela quem vai definir diretrizes para o edital de licitação do estádio, que sairá ainda neste ano.

Nem o governo do Rio nem o do Distrito Federal informaram quanto pretendem receber para repassar a uma empresa a administração dos dois estádios públicos.

*Atualizada 15/05, às 20h15

Obras da Copa
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