Atacante Raúl González não fez parte da geração vitoriosa da Espanha |
No fim de uma caminhada vitoriosa, a Espanha campeã mundial olha para trás para entender as razões de seu sucesso na Copa da e interpreta ter valido a pena descartar 'medalhões' do passado no projeto que culminou com o título inédito na África do Sul, após a vitória de domingo sobre a Holanda por 1 a 0 na prorrogação.
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Campeão da Europa e do Mundo em um intervalo de dois anos, a Espanha celebra em 2010 o desfecho do projeto mais vitorioso de sua seleção nacional, em série de êxitos considerados "utópicos até pouco tempo" pelo maior jornal nacional, o El Pais, no relato de domingo sobre a conquista na Copa.
O ciclo iniciado por Luis Aragonés após a Copa de 2006 com a queda nas oitavas de final ficou marcado de cara pela exclusão de nomes até então históricos da equipe, em decisão estratégica simbolizada principalmente no descarte do atacante Raúl González. O ídolo do Real Madrid foi mantido fora na sequência, quando Vicente del Bosque deu continuidade ao projeto, após a Euro de 2008.
Maior artilheiro da história da Fúria, com 44 gols (um a mais que David Villa), Raúl teve a exclusão da seleção tratada como grande tema do futebol no país durante um bom período. Um debate tomou conta da Espanha, dividindo a torcida sobre a decisão de não aproveitamento do atacante. Mas, com os títulos em série, o tema acabou perdendo o caráter de tabu e esteve presente nos comentários dos novos campeões do mundo após a conquista inédita.
"Foi um time construído em quatro anos. Foi um projeto muito corajoso por ter deixado de fora alguns jogadores importantes da seleção", disse o capitão Iker Casillas após a vitória sobre a Holanda na final.
Ídolo do futebol espanhol, Raúl viu de longe o momento de consagração da Fúria na Copa do Mundo e, num gesto de desapego ao passado, exaltou a equipe vencedora que não conta mais com seus serviços.
"A Espanha foi uma equipe humilde, valente. São os maiores. Felicidades à Federação e a Del Bosque. É um orgulho se sentir espanhol numa noite como esta", declarou o atacante de 33 anos em palavras reproduzidas pelo jornal El Pais horas depois do jogo.
Além de Raúl, outros nomes deixados de lado no ciclo dos títulos na Eurocopa e Mundial foram o lateral Michel Salgado e os meias Joaquín e Jose Antonio Reyes, entre os mais célebres.
Em relação à Copa de 2006, a Espanha preservou apenas 11 nomes para o elenco que triunfou na África do Sul. Do grupo campeão europeu há dois anos, o atual técnico Vicente Del Bosque deixou de fora o brasileiro naturalizado Marcos Senna, nome de confiança de Luis Aragonés até 2008.
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