Muslera agradece travessão após cobrança do ganense Gyan
O goleiro uruguaio Fernando Muslera chega à sua última partida da Copa do Mundo – a decisão pelo terceiro lugar contra a Alemanha – como um dos destaques de sua seleção no torneio, principalmente pelo recorde de tempo sem tomar gols, que estabeleceu nas oitavas de final, contra a Coreia do Sul.
O detentor da marca anteriormente era Ladislao Mazurkiewicz, que entre partidas nos mundiais de 1966 e 1970, permaneceu 269 minutos sem ser vazado.
Ao levar um gol do sul-coreano Lee Chung-Young, na vitória por 2 a 1 que garantiu o Uruguai nas quartas de final, Muslera quebrou a marca de seu lendário antecessor, permanecendo incólume por 337 minutos – não tomou gols da França (0 a 0), nem da África do Sul (3 a 0) e tampouco do México (1 a 0).
“Antes da partida, sinceramente eu não sabia de nada. Obviamente, estar à altura de Mazurkiewicz é um orgulho”, declarou Muslera na ocasião.
No jogo seguinte, contra Gana, Muslera foi um dos diversos protagonistas daquela que foi a partida mais emocionante da Copa até agora. Tudo começou quando, embaixo das traves, o centroavante Luis Suárez defendeu um gol certo dos africanos, no último lance do segundo tempo da prorrogação, e foi expulso.
Na cobrança do pênalti, o ganense Gyan chutou a bola no travessão e perdeu a chance de classificar uma seleção africana à semifinal pela primeira vez. Muslera agradeceu aos santos protetores dos goleiros, tão requisitados nesta Copa com a afamada Jabulani dificultando a vida dos arqueiros. Transferiu um beijo com sua mão e conversou com o travessão, agradecendo-lhe a oportunidade de levar aos pênaltis a disputa da vaga para a semifinal. “Tive vontade de abraçar o travessão, de beijá-lo”, contou momentos depois.
Foi aí que Muslera teve seu momento mais alto no Mundial: defendeu duas cobranças, a do capitão ganense John Mensah e a de Dominic Adiyiahm, que levaram o Uruguai a uma semifinal de Copa do Mundo, algo que não acontecia há 40 anos.
O goleiro de 24 anos, que atua na Lazio da Itália, não conseguiu fazer milagres para segurar o ataque da Holanda na semifinal, em partida que os uruguaios perderam por 3 a 2. Mas chega ao fim de seu mundial neste sábado, quando os sul-americanos brigam pelo terceiro lugar com a Alemanha, em Port Elizabeth, sem dever nada ao espanhol Iker Casillas, ao holandês Stekelenburg ou ao alemão Manuel Neuer. Esteve entre os melhores.
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