Ex-técnico do Real Madrid diz que Alemanha 'teve sorte' de perder Ballack

Ex-técnico do Real Madrid, o alemão Bernd Schuster acredita que uma das razões para o sucesso da Alemanha na Copa do Mundo foi o fato de o meio-campista Michael Ballack ter saído da equipe. Sem ele, diz o treinador, a equipe germânica ficou muito mais envolvente, dando espaço para a ascensão de outros valores, entre os quais Schweinsteiger.

Schuster classifica como um “golpe de sorte” da Alemanha ter ido para o Mundial sem Ballack, que se contundiu às vésperas da competição, após lesão no joelho em uma falta violenta cometida pelo ganense Kevin-Prince Boateng. O posto de Ballack foi ocupado por Khedira.

“A Alemanha chegou em um momento de forma espetacular. A perda de Ballack foi um ‘golpe de sorte’. Se ele não tivesse se lesionado, Schweinsteiger não seria tão grande na equipe, teria que ser mais um atrás de Ballack. Mas agora não tem que ser e por isso ele está exibindo todo o seu potencial. Para mim é o melhor jogador do Mundial”, disse o ex-jogador da seleção alemã, Schuster, ao periódico TZ.

Apesar de considerar benéfica a saída de Ballack, Schuster considera o meia, reforço do Bayer Leverkusen, um grande jogador. Com a ausência de Ballack na seleção, o técnico Joachim Löw deu autonomia para Schweinsteiger assumir a função de comandante do setor.

Na goleada alemã sobre a Argentina, 4 a 0, Schweinsteiger deu duas assistências, ditando o ritmo do jogo. Caso a Alemanha conquiste a Copa, Schweinsteiger deverá ser colocado na lista dos melhores da competição.

O meio-campo alemão, aliás, tem ganhado inúmeros elogios da imprensa mundial. Ozil e Muller também se destacam. Khedira exerce a função de primeiro volante.

“O Ozil tem tudo para fazer uma grande carreira. Ele é taticamente perfeito, além de ser rápido, técnico e que sabe fazer gols. É um jogador que todo treinador gostaria de contar”, complementou Schuster, atualmente técnico do Besiktas.
 

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