Fabrice Coffrini/AFP

Capitão Lúcio minimiza o fato de enfrentar compatriotas em uma Copa do Mundo

23/06/2010 - 09h15

Zagueiros da seleção refutam desconforto em jogo contra luso-brasileiros

Bruno Freitas
Em Johanesburgo (África do Sul)

Enfrentar um jogador nascido no Brasil em uma Copa do Mundo não é novidade para a seleção. No entanto, na próxima sexta-feira contra Portugal na cidade de Durban, a equipe nacional poderá ter pela frente mais de um compatriota do lado adversário.

MAIS SOBRE A SELEÇÃO BRASILEIRA

  • Flavio Florido/UOL

    MINADO O Moses Mabhida tem só seis meses de atividade, é um dos principais estádios da Copa e já sofre com buracos. Pior para o time de Dunga, que pela segunda vez não poderá fazer um treino de reconhecimento no local do jogo com os lusos

  • Flavio Florido/UOL

    SEM MEDO Ter do lado contrário um jogador eleito recentemente o melhor do mundo não mudará a forma de jogar. É isso que assegura Lúcio ao refutar uma marcação especial ao craque Cristiano Ronaldo, no duelo que definirá o líder do grupo G

A seleção portuguesa tem em seu elenco na Copa um trio de brasileiros naturalizados, com o zagueiro Pepe (alagoano de Maceió), o meia Deco (paulista de São Bernardo do Campo) e o atacante Liedson (baiano de Cairú). Destes três, Deco apenas deve ser a baixa portuguesa no jogo, por ainda se recuperar de uma lesão.

No entanto, do lado brasileiro, os jogadores da seleção evitam abrir debate nacionalista e minimizam a possibilidade de protagonizarem lances mais duros contra adversários nascidos no mesmo país.

"Se é brasileiro ou não, procuro fazer apenas o meu trabalho. Nas competições na Europa, estou acostumado a jogar contra companheiros de seleção. A seriedade é a mesma", diz o capitão Lúcio.

"São jogadores que saíram cedo do Brasil para outro país, criaram esta identidade. Mas não sou contra nem a favor. É valido que eles joguem por outras seleções, naturalizados, desde que estejam felizes", afirmou Luisão.

O zagueiro do Benfica relata que, do lado português, também não existe nenhum tipo de diferenciação de tratamento aos brasileiros da seleção, sem questões de nacionalismo no caminho. "Eles têm (por Deco, Pepe e Liedson) o mesmo amor e carinho que têm pelo Cristiano Ronaldo, o mesmo tratamento", diz.

A experiência de ter um compatriota do lado contrário não será novidade para a seleção. Na última Copa, em 2006, a equipe teve como adversário o brasileiro Alex, que jogava como zagueiro pelo Japão.

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