Bruno Freitas/UOL

130 mil ingressos foram vendidos nos EUA, mais que na Alemanha e Inglaterra

17/06/2010 - 10h19

EUA se surpreendem com adesão do povo norte-americano ao Mundial

Das agências internacionais
Em Washington (Estados Unidos)

CAUTELA DOS EUA CONTRA A ESLOVÊNIA

  • Getty Images

    O favoritismo na partida contra a Eslovênia não deixa o norte-americano Landon Donovan satisfeito para o duelo de sexta-feira às 11h (de Brasília), quando a seleção europeia tenta garantir a classificação enquanto a equipe dos Estados Unidos tenta manter suas chances após a empolgação com o empate em 1 a 1 com a Inglaterra.

Visto como “eterna promessa de sucesso” nos Estados Unidos, o futebol, enfim, apresenta números surpreendentes entre os norte-americanos impulsionados pela Copa do Mundo. Embora ainda longe de incomodar o basquete, beisebol e futebol americano, esportes preferidos no país, o soccer alcançou excelentes índices de audiência e levou milhares de torcedores para a África.

Ao todo, 130 mil ingressos para a Copa foram comercializados nos Estados Unidos, superior aos fanáticos torcedores da Inglaterra e Alemanha, por exemplo.

“Vários americanos tinham a curiosidade de conhecer a África, mas não sei a razão para que tantas pessoas se interessassem. Estou realmente surpreso, ainda mais diante de tantas notícias ruins que vinham da África”, comenta o consultor Brian Moore, que negocia pacotes de viagem para o continente africano.

O empate por 1 a 1 com a Inglaterra, pela primeira rodada, foi visto por mais de 13 milhões de pessoas nos Estados Unidos, segundo o instituto Nielsen, que mede a audiência das TV’s americanas. O resultado é o recorde do futebol desde a final do Mundial de 2006, e é também o melhor envolvendo a seleção local desde a Copa de 1994.

ESCALE A SELEÇÃO DOS EUA

  • Arte UOL

Um dos fatores para explicar a adesão em massa do povo norte-americano ao Mundial é o retrospecto positivo recente da seleção nacional. O vice-campeonato da Copa das Confederações, quando os EUA caíram na final diante do Brasil (após eliminarem a Espanha), repercutiu na América.

As comunidades latino-americanas também reforçaram a imagem do soccer nos Estados Unidos.

Sede da Copa de 1994, os Estados Unidos idealizavam criar uma liga forte após a disputa do Mundial. A Major League Soccer se firmou como uma competição profissional, mas inferior tecnicamente às principais potências mundiais. A chegada de estrelas também contribuiu para o crescimento da Liga. David Beckham e Blanco (ídolo mexicano) estreitaram o elo entre o soccer e o povo norte-americano.
 

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