Torcedoras da Holanda foram expulsas de estádio por suposta publicidade em vestidos |
A cervejaria holandesa Bavaria fez duras críticas à Fifa por causa da prisão de duas modelos que supostamente faziam “publicidade encoberta” para a marca durante a partida entre Holanda e Dinamarca, na última segunda-feira, no estádio Soccer City, em Johanesburgo.
Sylvie van der Vaart, casada com o meia holandês Rafael, estrela a campanha do "Vestido Holandês"
A peça é brinde para quem compra oito pacotes
As duas modelos detidas fizeram parte de um grupo de 36 jovens que entraram no estádio usando um vestido laranja que faz parte de uma campanha promocional da cerveja. Acontece que, como a Budweiser é a marca que patrocina a Copa do Mundo, todas elas foram expulsas da arena.
“Se a Fifa tem qualquer problema com a nossa companhia, gostaríamos de pedir que eles entrem em contato diretamente conosco, e não façam nada contra as pessoas que usam os nossos vestidos laranja. Até agora, a Bavaria não recebeu nenhuma manifestação diretamente da Fifa”, diz um comunicado oficial da empresa enviado à imprensa internacional.
Em nota, a cervejaria “lamentou” a prisão das duas modelos, e ressaltou que a Fifa não pode responsabilizar aquelas mulheres pela presença na partida usando o vestido promocional. A marca assegurou ainda que está fazendo “de tudo” para dar assistência às jovens que foram presas, e ressaltou que está bancando assistência judicial e estadia para elas na África do Sul, além de manter contato com as famílias delas na Holanda.
Os vestidos laranja são distribuídos como brinde para quem compra mais de oito pacotes de cerveja Bavaria nos supermercados da Holanda. “A intenção dessa campanha foi gerar prazer e entusiasmo entre os fãs de futebol. A Copa do Mundo deveria ser um evento apreciável para todos os torcedores, homens ou mulheres, independente das suas roupas”, disparou a nota.
As duas holandesas acusadas de propaganda ilegal foram liberadas sob fiança de US$ 1.319. "Seus passaportes foram confiscados e o caso foi adiado para 22 de junho", informou o coronel Vish Naidoo, porta-voz da polícia, nesta quarta-feira, à agência Reuters.
"Estas mulheres, que são parte de um grupo maior, são suspeitas de estar envolvidas na realização de atividades comerciais ilegais durante o jogo entre Dinamarca e Holanda na segunda-feira", comunicou a polícia sul-africana na quarta-feira.
A mesma empresa foi protagonista de uma ação durante a Copa da Alemanha em 2006, ao distribuir calças com as quais a Fifa não permitia a entrada aos estádios, por isso vários torcedores tiveram que ver os jogos em roupa íntima.
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