Empate na estreia fascina neozelandeses: "O sonho está vivo"

No último minuto da sua estreia em uma Copa do Mundo após 28 anos, a Nova Zelândia conseguiu um gol que assegurou o primeiro ponto da seleção em Mundiais. A partida contra a Eslováquia não poderia ter sido melhor para uma equipe essencialmente amadora, e para os torcedores que pouco esperavam do time na competição.

Para o técnico Ricki Herbert, foi um resultado “extremamente bom” – na verdade, ele ressaltou que foi o melhor que já teve à frente da seleção. “Nunca ganhamos um ponto na Copa do Mundo. Acho que a nação estará com um espírito razoavelmente bom nesta noite”, observou o técnico.

Na verdade, a reação dos neozelandeses deverá ser maior do que o técnico espera. Embora o rúgbi tenha uma popularidade esmagadora no país, o futebol já ganhou os maiores espaços na imprensa esportiva do país por conta da Copa do Mundo.

No site da TVNZ, o artigo de destaque começa com a frase: “O sonho está vivo. Para a emissora, o zagueiro Winston Reid, autor do gol de empate, “está destinado à imortalidade no futebol da Nova Zelândia”.

Os outros grandes jornais do país, o New Zealand Herald e o The Press, também deram o maior destaque para o empate “dramático” da Nova Zelândia, e o primeiro gol da seleção em Copas desde que Steve Sumner marcou contra a Escócia em 1982.

O próprio treinador assumiu discurso idêntico: “Continuamos sonhando. Temos chances como qualquer outro time”, declarou após a partida. “Achava que o jogo de estreia era uma boa chance de conseguir algo, e eu ficaria desapontado com uma derrota depois de sofrer um gol como aquele”, completou, lembrando que o gol eslovaco foi irregular.

“Mas nós nunca nos damos por vencidos. Ainda temos dois pesos pesados, e vai ser bem difícil”, continuou Herbert. “Mas acho que mostramos que o tipo de futebol jogado agora por nós pode levar a bons resultados”, encerrou.

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