15/06/2010 - 17h21

Em BH, trabalhadores dão um 'jeitinho' para ver a estreia do Brasil

Guyane Araújo
Em Belo Horizonte

Enquanto a bola rolava na vitória da seleção brasileira sobre a Coréia do Norte, por 2 a 1, na África do Sul, pessoas como o enfermeiro do Pronto Atendimento do Hospital da Unimed, no bairro Santa Efigênia, na Zona Leste da capital mineira, Vinícius Augusto Pessamilio, teve de trabalhar. Mesmo sem pacientes para atendimento durante o jogo, ele não podia deixar seu posto de trabalho, contentando-se em assistir de longe à partida, em uma TV na sala vizinha.

  • Guyane Araújo/UOL Esporte

    Trabalhadores se acomodam em frente a TV em posto de gasolina na capital mineira, enquanto...

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    ... o enfermeiro Vinícius Augusto Pessamilio, de plantão, teve de se virar para não perder a partida

“Não vem paciente na hora do jogo, desde 13h o volume diminuiu bastante, aparece mais criança”, comentou o enfermeiro. Segundo Vinícius, a equipe do hospital se reveza para assistir os jogos da seleção brasileira, desde que não tenha atendimento a ser feito. “A gente trabalha ansioso, se vai chegar paciente ou não”, revelou.

Vinícius trabalha em uma sala de triagem e quando não está atendendo deixa a porta aberta para dar uma olhada. “A Copa é motivo de alegria e passamos esses momentos longe da família e amigos, mas acostumamos”, observou o enfermeiro.

Perto dali, a dois quarteirões, no posto de gasolina de bandeira Ipiranga, o clima do mundial é o mesmo. O gerente Luiz Carlos Alves Fonseca diz que como não dá para fechar no momento do jogo os funcionários assistem à partida em um pequeno aparelho de televisão, colocada de forma improvisada. “Nós assistimos e fazemos o revezamento e cada um atende”, comentou.

A televisão foi colocada no ínicio da semana e quem passa assiste todos os jogos da Copa. Renato Fernandes Silva Lopes parou para abastecer e disse que iria assistir o segundo tempo em casa. “Estou atrasado por causa do trânsito e não deu para chegar a tempo”, afirmou.

O frentista que o atendeu durante a partida, quando o placar ainda estava empatado em 0 a 0, Jorge Fernandes de Paula, diz que está tranquilo. “Está tudo numa boa, a gente para, atende e depois continua assistindo o jogo”, comentou.

A gerente da Padaria e Lanchonete Flórida, Cássia Daniela Santos, na mesma região, diz que o estabelecimento não fechou. Ela admitiu que não é a melhor forma de se acompanhar o jogo do Brasil, mas destacou que às vezes dá uma parada para dar uma olhada nos lances.

“Não é do jeito que gostaríamos, mas dá para ver”, afirmou Cássia Santos. O porteiro do prédio vizinho, Jader Ribeiro de Souza, aproveitou a televisão colocada na padaria e foi conferir o jogo. “Cheguei faltando 15 minutos para o primeiro tempo acabar e o segundo tempo vou assistir aqui”, disse. Jader garante que da padaria consegue vigiar o prédio, podendo trabalhar e assistir o jogo ao mesmo tempo.
 

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