Australiano Jedinak observa a festa dos jogadores alemães no 4 a 0 do último domingo |
Lahm assumiu a braçadeira após Ballack deixar equipe e virou líder
Podolski apagou sua má fase que vivia e foi eleito o melhor do jogo
O discurso autoconfiante da Alemanha antes da estreia na Copa do Mundo se mostrou adequado. Depois de garantir, durante dias, que estava pronta para a competição, a seleção germânica mais nova da história atropelou a Austrália, mostrou um futebol convincente e justificou a postura “arrogante”.
“Não me surpreende que tenhamos jogado assim hoje [domingo]. Nós treinamos muito bem, nos preparamos, e colocamos tudo isso no jogo”, disse Lukas Podolski, autor do primeiro gols no 4 a 0 dos germânicos e eleito o melhor do jogo pela Fifa.
Desde o início da preparação para o Mundial, esse tem sido o discurso dos alemães. A despeito de terem passado por traumas na preparação, com lesões importantes e até o suicídio do goleiro Enke, os jogadores e a comissão técnica se mantiveram alinhados.
O resultado do trabalho foi visto no gramado. Apesar de um início impetuoso, a Austrália foi dominada pelos tricampeões mundiais em Durban. No segundo tempo, com um jogador a menos após a expulsão de Cahill, a equipe da Oceania só não sofreu uma goleada ainda maior porque os europeus diminuíram o ritmo.
Com a primeira rodada ainda em andamento, a Alemanha já se destaca em alguns fundamentos na Copa do Mundo, em comparação com as rivais. O time é, por exemplo, o líder em aproveitamento de passes, com 91,1%, contra 88% do México e 87,5% da Argentina, que vêm logo atrás, segundo o Datafolha.
Tudo isso faz a Alemanha mudar de patamar no ranking dos favoritos. Se antes o time era visto como frágil por ser o mais jovem da história (média de idade 24,11 anos) e por não contar com o craque e capitão Michael Ballack, agora ele já ganha o selo de “parada” dura para as próximas fases.
| Com o gol feito contra a Austrália, Klose tem 11 gols na história das Copas. Ele está a 4 de Ronaldo, recordista no quesito com 15. Gerd Muller, lenda do futebol alemão, tem 14 tentos |
Para manter o ritmo e evitar que a auto-confiança se transforme em soberba, o elenco e a comissão técnica apontam as fragilidades.
“Nós fizemos muitas coisas bem. Foi importante termos jogado bem pelos lados. Nós também variamos muito bem. Mas notei pequenos erros, e vamos conversar para que a defesa avance mais um pouco na próxima partida”, destacou Joachim Low.
“Não podemos nos esquecer que tivemos sorte nos primeiros minutos. Como vocês puderam ver, ainda é um time novo. É claro que as coisas funcionam, isso nós sabíamos antes do jogo. Mas ainda temos um longo caminho pela frente”, disse Lahm, capitão da equipe aos 26 anos de idade.
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