Com time baleado, Espanha apela ao descanso para manter favoritismo

O sucesso espanhol nas últimas duas temporadas está cobrando caro do time de Vicente Del Bosque na África do Sul. Poucas equipes chegaram tão baleadas à competição quanto a Espanha. Iniesta é quem mais preocupa, mas só no treino de sábado, o treinador poupou quatro jogadores dos treinos. Quer saber quem está baleado?

	Andrés Iniesta Nos últimos dois anos, o Barcelona ganhou quase tudo o que disputou. E o meio-campista esteve entre os jogadores mais importantes do time. Jogando tanto pelo clube, não é de se estranhar que Iniesta tenha “estourado” ao fim da temporada: ele sofreu uma lesão muscular leve na coxa. Agora,  corre contra o tempo para não desfalcar os espanhóis na estreia, quarta-feira, contra a Suíça. Neste domingo, treinou com bola, mas não fez coletivo. Mas Del Bosque quer usá-lo como titular mesmo assim.
	Fernando Torres “El Niño” foi operado em abril, após sofrer uma lesão grave no joelho direito. Passou por uma rotina diária de seis horas de fisioterapia para se recuperar e foi um dos últimos a voltar a treinar do time espanhol. Só voltou ao time no amistoso contra a Polônia, já na reta final de preparação, mas conseguiu chegar à Copa. Ritmo de jogo? Esse aspecto ele não vai conseguir recuperar. Mas com a qualidade de seus companheiros de time, isso pode não fazer diferença.
	Cesc Fabregas O meia do Arsenal protagonizou um dos feitos mais heróicos da Liga dos Campeões: contra o Barcelona, em uma pancada de Puyol, quebrou a perna e, na sequência, bateu e convertou o pênalti. A contusão o tirou dos campos no início de abril e ele só voltou a jogar na reta final de preparação da Espanha, como aconteceu com Torres. Para os espanhóis, o consolo é que, pelo menos no meio-campo, a oferta de jogadores é farta.
	Os poupados Mesmo sem lesões sérias, a regra para os outros jogadores da Fúria é evitar o desgaste. No sábado, não treinaram Xabi Alonso, Xavi, Busquets e Pique, que estavam com “fadiga muscular”. Com a bruxa solta entre as seleções da Copa do Mundo (é só lembrar de Drogba, Robben...), os espanhóis estão de dedos cruzados. “Lesões são parte do futebol e temos 23 jogadores, podemos suprir a falta de qualquer um. Mas o melhor seria não precisar”, admitiu o zagueiro Albiol.

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