Brasil põe Coreia do Norte em 2º plano e foca preocupação no 'fator estreia'

“Nosso jogo mais difícil é o primeiro”, “A estreia sempre é complicada”, “Existe a ansiedade da estreia”. Essas são algumas das respostas padrão na seleção brasileira quando o assunto é o começo da caminhada na Copa do Mundo. A equipe se mostra mais preocupada com o próprio desempenho do que com a Coreia do Norte, primeiro adversário. Até porque o time asiático tem como virtude o fato de ser desconhecido. E só.

A Coreia do Norte, adversária do Brasil no dia 15, em Johanesburgo, é a equipe mais fraca na teoria. É a pior no ranking da Fifa entre os 32 países do Mundial. É a única que não figura entre os cem primeiros (está em 105ª). Mais que isso, já está há sete jogos sem comemorar uma vitória.

O último triunfo aconteceu no dia 24 de fevereiro, pelo placar de 5 a 0. A vítima da Coreia do Norte foi Mianmar, 147ª colocada no ranking da Fifa. No amistoso anterior, nova goleada, desta vez sobre a também inexpressiva equipe do Quirguistão, na 168ª posição da lista. Depois disso, o adversário do Brasil acumulou quatro derrotas e três empates.

Razão para fazer a seleção brasileira perder o sono não há. Não fosse pelo fato de que, para o grupo, o “fator estreia” é o grande obstáculo da primeira rodada.

“A responsabilidade sempre é maior para o Brasil. Teremos muitas dificuldades, até por ser um jogo de estreia. Existe a ansiedade de vencer para passar logo esse momento. O mais importante é como a equipe vai se comportar para não ter surpresa durante a partida”, alertou Gilberto Silva, prestes a disputar sua terceira Copa.

Apenas nove jogadores do atual grupo já participaram de um Mundial. Até por isso, o receio é grande quanto à reação da equipe diante da tensão do primeiro jogo. Por isso, nos últimos dias antes da estreia, uma das principais tarefas de Dunga será conter a crescente pressão por um bom começo.

Nesse cenário, a Coreia do Norte fica em segundo plano. Até porque o único risco esperado pelos brasileiros se concentra na falta de informações sobre o adversário. Exceção feita aos observadores da seleção e ao próprio Dunga, boa parte do grupo só viu um jogo dos coreanos: a derrota por 3 a 1 para a Nigéria, há seis dias, já na África do Sul.

“Vi um jogo contra a Nigéria, mas parece que eles vão mudar o esquema”, disse Luís Fabiano. “Não tinha muita informação da Coreia, mas pudemos ver o amistoso contra a Nigéria. Contra o Brasil eles vão jogar fechados”, emendou Gilberto Silva. “Antes eu não tinha acompanhado nada, mas agora procurei ver vídeos. Estamos mais preparados”, completou Elano.

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