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Geração atual carrega expectativa e veste camisa com faixa alusiva ao feito de 1950

11/06/2010 - 06h17

EUA esperam replay de 1950 contra ingleses como golpe de marketing

Do UOL Esporte
Em São Paulo

OS MELHORES MOMENTOS AMERICANOS

  • AP

    Primeiro grande momento dos EUA no futebol foi em 1950, com o gol de Gaetjens na Copa brasileira

  • Chris Cole/Getty Images

    Em 1994, a geração de Lalas recebeu a Copa e fez bonito, mas não convenceu o povo como gostaria

  • Jeff Mitchell/Getty Images

    No ano passado, vice na Copa das Confederações foi o melhor resultado esportivo da seleção até hoje

No próximo sábado, os Estados Unidos vão tentar, novamente, popularizar o futebol entre os seus torcedores. De acordo com os dirigentes do país, uma possível vitória contra a Inglaterra na estreia da Copa, que repetiria o feito de 1950, poderia impulsionar o marketing da modalidade, que ainda não é uma das lembradas pelos fãs.

“Em termos de marketing, não se podia pedir algo melhor. É uma partida dos sonhos, já que conseguimos olhar adiante. Ela está atraindo mais atenção do que qualquer outra em muito tempo”, disse Sunil Gulati, presidente da Federação Norte-Americana de Futebol.

A primeira vez que a ex-colônia bateu os criadores do esporte em uma Copa foi em 1950, quando o evento aconteceu no Brasil. Naquela ocasião, os Estados Unidos venceram a poderosa Inglaterra por 1 a 0. O primeiro grande baque dos britânicos no futebol, porém, não serviu para impulsionar o futebol no país, que segue preferindo futebol americano, basquete e beisebol, por exemplo.

Desde então, os Estados Unidos receberam uma Copa do Mundo, chegaram às quartas de final em 2002 e foram vice-campeões da Copa das Confederações em 2009. Mesmo assim, ainda aguardam um novo impulso para o esporte.

“Um triunfo seria fantástico. Nos daria muitas manchetes e espaço na imprensa. Nos encheria de confiança. Eu não tenho a medida do quanto isto poderia significar no futuro. E não falo em dinheiro. O ponto é posicionar o esporte no território norte-americano”, disse Gulati.

O interesse, verdadeiramente, já cresceu. No ano passado, por exemplo, o bom desempenho dos Estados Unidos na Copa das Confederações rendeu elogios até do presidente Barack Obama.

A derrota por 3 a 2 para o Brasil rendeu a maior audiência da história da TV norte-americana para o esporte sem contar jogos de Copa. Agora, a ABC, que transmite o Mundial sul-africano, prevê a quebra do recorde histórico, sem contar 1994. Em 2002, 3,8 milhões de televisores estavam ligados no jogo entre Alemanha e Estados Unidos, nas quartas.

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  • Arte UOL

Em campo, os jogadores tentam não se deixarem levar pela expectativa. “É duro, como esportista. Eu entendo o quanto é importante esta partida, mas temos algo depois disso. Temos de estar preparados caso as coisas não saiam bem no sábado”, disse Landon Donovan, um dos líderes do atual elenco.

Na mesma toada, os dirigentes também antecipam uma possível frustração. "Seria muito bom ganhar, mas é lógico que se tivermos de optar entre a vitória ou a classificação, nós ficamos com a classificação", concluiu Gulati.
 

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