Polícia sul-africana inspeciona o hotel onde jornalistas que cobrem Portugal foram assaltados
Dois jornalistas portugueses e um espanhol sofreram na pele a violência da África do Sul nesta quarta-feira. O hotel em que estavam hospedados foi invadido por dois homens armados e uma das vítimas teve uma arma apontada à cabeça durante o roubo. Os assaltantes levaram equipamentos fotográficos, computadores, dinheiro, documentos e credenciais para a Copa.
O incidente aconteceu no hotel Nutbush Boma Logde, na cidade de Magaliesburg, onde cerca de 20 jornalistas que acompanham a seleção de Portugal estão alojados. O local fica a 20 km do quartel general lusitano para o Mundial e 75 km de Johanesburgo.
Segundo informações das agências internacionais, dois homens armados invadiram o hotel às 5h (horário local) e entraram num chalé de três quartos, que as vítimas do assalto dividiam.
O fotógrafo português Antônio Simões, do Jornal de Noticias e do O Jogo, foi quem mais sofreu. Ele teve o quarto invadido e acordou quando os assaltantes reviravam seus pertences.
Ao se levantar, um dos homens colocou um revólver em sua cabeça e gritou “Dorme, dorme!”. Os assaltantes jogaram um cobertor sobre Simões, que ficou escondido durante a ação. No total, levaram 35 mil dólares em equipamentos e outros pertences.
“Perguntei o que eles estavam fazendo. Então, um deles, armado, apontou sua pistola à minha cabeça e me disse para ficar quieto, enquanto o outro ladrão começou a tirar as coisas dos armários e das malas e jogá-las no chão. Me levaram o material fotográfico e informático, o passaporte, credencial e roupas”.
O jornalista espanhol Miguel Serrano, do jornal Marca, estava no quarto ao lado e não ouviu os criminosos invadirem seu quarto. Ele conta que, após ter a arma apontada na cabeça, Simões ficou paralisado por mais de uma hora debaixo da coberta antes de conseguir alertar a ele e ao português Rui Gustavo Morais, que também dormia ao lado e teve o quarto invadido.
Serrano conta ainda que "o Hotel Nutbush Boma Lodge está no meio do mato, a 15 km do povoado mais próximo. Tem uma cerca de segurança e é vigiado por um único trabalhador". Ele e seus colegas chegaram a manifestar à Federação Portuguesa a insatisfação com a falta de segurança do local. "Mas nunca pensamos que algo deste tipo poderia acontecer”.
O espanhol diz que os ladrões levaram seu computador, telefone celular e mais de 3 mil dólares em euros e rands sul-africanos. “Levaram tudo, menos minhas roupas sujas e minha credencial”.
“Por sorte, não houve nem feridos nem disparos”, alivia-se o porta-voz da polícia local, Hangwani Mulaudzi. “Os jornalistas só foram nos alertar às 6h30 [1h30 depois do início da ação]. Não sabemos porque só foram avisar o pessoal do hotel tão tarde. Acho que tinham medo e queriam se assegurar de que os ladrões já tinham ido embora”.
A polícia diz ter pistas de dois suspeitos e aguarda informações mais detalhadas do local do crime para se pronunciar a respeito do atual estágio das buscas.
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