O volante reserva Josué acompanhou Kaká na coletiva de imprensa desta sexta |
Escolhido para “escoltar” Kaká na entrevista coletiva da seleção brasileira nesta sexta-feira em Johanesburgo, o volante reserva Josué ganhou seu momento de maior notoriedade desde que o grupo se reuniu para a preparação à Copa do Mundo, há duas semanas.
Kaká, enfim, falou. No 16º dia da preparação do Brasil para a Copa, o principal nome do time concedeu sua primeira entrevista coletiva. E a primeira pergunta feita já era prevista: a Jabulani, bola do Mundial criada pela Adidas, patrocinadora do camisa 10 da seleção. Em tom diplomático, o meia amenizou o tema. Não fez elogios à Jabulani, mas lembrou o histórico de críticas em edições passadas e citou colegas que detonaram a bola nos últimos dias.
Desde o começo da preparação, convencionou-se pelo departamento de comunicação uma espécie de rodízio dos jogadores nas conferências de imprensa. A regra informal é que sempre um titular vem acompanhado de um reserva, preferencialmente ambos do mesmo setor no time.
Nesta sexta chegou a vez de Josué, que, do lado direito de Kaká, abriu a coletiva e respondeu oito perguntas em 13 minutos. Na mais palpitante delas, teve de argumentar contra crítica em relação a sua presença no elenco de Dunga.
“A gente assimila isso com tranquilidade. Sempre vão existir as críticas. Tem uns que gostam, uns que não gostam. O jeito é você não dar ouvidos à imprensa. Sei que conquistei a confiança do Dunga”, declarou, numa introdução à entrevista de Kaká, a mais esperada pela mídia que que acompanha a seleção na Copa.
Josué ainda falou sobre as chances aparentemente remotas de conseguir uma vaga no time durante a Copa. “O Dunga vem dando ênfase a um grupo de trabalho, com os 11 jogadores que vem sendo considerados titulares. Eles já têm entrosamento, já adquiram a confiança”, afirmou.
Pela primeira vez desde o estágio em Curitiba, o jogador que abriu a coletiva de imprensa foi dispensado no meio, deixando o segundo da lista sozinho na bancada. Este foi um privilégio concedido à maior estrela do atual elenco da seleção, e Josué teve a condição de coadjuvante dispensada pelo departamento de comunicação da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Antes de deixar a bancada e os holofotes do dia, Josué ainda cochichou com Kaká sobre uma resposta anterior sua a respeito da ausência de ‘rachões’ e treinos descontraídos na Alemanha.
Em seguida, Kaká centralizou as perguntas durante 29 minutos em uma concorrida entrevista que lotou a sala de conferência do Hotel Fairway e contou com imprensa de Argentina, Coreia do Sul, Espanha, Itália, México, entre outras nacionalidades. Um humorista de TV também participou da coletiva e chegou a arremessar uma bola oficial da Copa ao camisa 1º da seleção.
Jogador de mais destaque midiático da atual seleção, Kaká deu à imprensa suas primeiras impressões sobre o trabalho para a Copa apenas no 15º dia de preparação para o torneio. Neste meio tempo, o meia se apresentou com problemas musculares em Curitiba, foi tema de entrevista coletiva do médico José Luís Runco, teve nome envolvido em uma mal-entendido de briga no campo com Felipe Melo e ainda jogou metade do amistoso com o Zimbábue.
Até esta sexta, o único canal de comunicação do principal jogador da seleção com o público vinha sendo o Twitter. Kaká vem utilizando sua página no popular site para trocar mensagens com amigos e fãs e prometeu seguir usando o microblog, dizendo estar “viciado” na ferramenta de internet.
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