Felipe Melo (esq.) caminha ao lado do técnico Dunga e dos companheiros J. Baptista e Elano
Na seleção de Dunga, ele é quem mais tem autoridade para falar mal da bola da Copa do Mundo da África. Ninguém no time toca tanto na redonda quanto o volante Felipe Melo, 26, que na segunda-feira engrossou as críticas à Jabulani, classificada por ele como "bola patricinha": "não quer ser chutada".
Como era seu chefe, Dunga, na Copa dos EUA-1994, o jogador da Juventus de Turim é quem mais passes distribui na equipe atual. Segundo o Datafolha, ele passa a bola para os companheiros, em média, 46 vezes por jogo.
A Fifa também atestou a supremacia do volante nesse fundamento na Copa das Confederações do ano passado, com 60 passes por duelo.
E não é justo dizer que Felipe Melo erra muitos passes. Para o Datafolha, sua precisão supera 89%. De acordo com a estatística da Fifa, seu índice de acerto fica em 85%. Em ambos os casos, suas marcas estão acima da média geral do time de Dunga.
Além da eficiência no passe, Felipe Melo lembra o atual técnico nacional pela trajetória profissional. Não se firmou em nenhum clube brasileiro antes de ir para a Europa e ganhar prestígio. Em comum também têm passagem pela Fiorentina.
"De repente, nós temos características iguais no campo, volúpia muito grande dentro de campo. Mas o Dunga é consagrado, eu ainda estou em busca de um objetivo, de vencer a Copa", disse Felipe Melo, evitando mais comparações com o treinador.
No entanto, ele admitiu que tem a mesma ‘personalidade forte’’ de Dunga. Deu mostras disso ao não se intimidar com a imprensa e mostrar contrariedade com o que é publicado -ameaçou jornalistas que divulgaram suposta discussão com Kaká.
"Eu não sou mau-caráter, não vou fazer maldade com o meu companheiro", atacou Felipe Melo, que também mostrou a mesma falta de diplomacia de Dunga para falar de outros países.
Nos Jogos de Pequim-08, por exemplo, o treinador declarou que tudo era difícil de ser resolvido na China. "O Zimbábue é um país com muitas brigas, muitos assassinatos. É legal poder levar alegria pra um país com tantos homicídios", falou o volante, referindo-se ao rival do Brasil no amistoso de quarta-feira, em Harare.
A entrada de Felipe Melo no time coincidiu com o melhor período dos quase quatro anos da gestão Dunga. O volante estreou na equipe no amistoso contra a Itália, em fevereiro de 2009. Desde então, o Brasil fez 16 jogos com ele em campo, com 15 vitórias e 1 empate.
Com tanto prestígio, Felipe Melo acabou trocando a Fiorentina pela poderosa Juventus, em 2009. Mas lá ainda não apresentou o mesmo futebol da seleção e virou até motivo de piada na mídia italiana.
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