Lúcio vai disputar a sua terceira Copa do Mundo pela seleção e pode bater recorde |
Aldair: 1990: Não jogou 1994: 7 jogos 1998: 6 jogos | |
Bellini: 1958: 6 jogos 1962: Não jogou 1966: 2 jogos | |
Edinho: 1978: 3 jogos 1982: 1 jogo* 1986: 5 jogos *Jogou só 15 min | |
Mauro Ramos: 1954: Não jogou 1958: Não jogou 1962: 6 jogos | |
Oscar: 1978: 7 jogos 1982: 5 jogos 1986: Não jogou |
Lúcio está prestes a se tornar o maior “xerife” da seleção brasileira na história das Copas do Mundo. Nunca um zagueiro disputou três edições do torneio como titular, algo que ele atingirá na África do Sul se nenhum imprevisto acontecer. Após dez anos servindo o time nacional, o capitão de Dunga chega ao Mundial como principal líder do grupo e como um símbolo da defesa.
Nenhum outro zagueiro que marcou época na seleção foi dono da posição em três Copas. Alguns chegaram perto. Aldair, Bellini, Edinho, Mauro e Oscar bem que tentaram. Todos foram convocados para três Mundiais, mas apenas Edinho fez a trinca em campo. E com um detalhe: em 1982, foi reserva e jogou apenas 15 minutos.
Lúcio está a 14 dias de jogar sua terceira Copa como titular indiscutível. Em 2002, na campanha do pentacampeonato, ele participou dos sete jogos. Quatro anos depois, na Alemanha, disputou as cinco partidas e viu a França de Henry tirar o Brasil nas quartas de final.
O zagueiro carrega números dignos de um capitão. São 117 convocações, um recorde no atual grupo da seleção, assim como os 91 jogos (neste caso empatado com Gilberto Silva). Nesse período, Lúcio acumulou 7.959 minutos em campo, o equivalente a cinco dias e meio ininterruptos com a camisa verde e amarela.
O currículo faz dele o líder natural entre os jogadores. A tarja de capitão mostra apenas uma parte de seu comando. Lúcio é uma das vozes mais ativas dentro do gramado. Fora das quatro linhas, ele é o porta-voz do grupo. Conversa diretamente com a cúpula da CBF assuntos como premiação, por exemplo.
Dunga respeita, e muito, o zagueiro. Ele nunca foi reserva com o atual comandante nos 34 jogos que realizou. Lúcio ainda mostrou ter estrela. No segundo dos dois gols que marcou na era Dunga, ele deu o título da Copa das Confederações ao Brasil no ano passado, assegurando a vitória por 3 a 2 sobre os Estados Unidos.
A fase também é boa fora da seleção. Lúcio teve uma saída conturbada do Bayern de Munique, mas se recuperou na Inter de Milão, conquistando a tríplice coroa na última temporada europeia: Liga dos Campeões, Campeonato Italiano e Copa da Itália.
Na África do Sul, a meta do zagueiro de 32 anos é conquistar seu segundo Mundial, o primeiro como capitão, repetindo os gestos de Bellini, Mauro, Carlos Alberto Torres, Dunga e Cafu, capitães nas cinco Copas vencidas pelo Brasil.
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