Richard Nonney tem 42 anos, é sul-africano e nasceu em Johanesburgo, mas o futebol o converteu. Ricardinho, como ele gosta de ser chamado, é louco pelo Brasil. E é fácil notar sua mania. O verde e amarelo domina seu carro e suas roupas. Retrovisor e óculo estão incluídos. Fã de Luís Fabiano e Ronaldinho, ele anda com um CD de música brasileira e assegura que torcerá primeiro pelo time de Dunga na Copa do Mundo; a África do Sul é segunda opção.
Sua adoração pelo Brasil é tanta que ele já aprendeu algumas palavras em português. Ao lado do carro enfeitado com bandeiras, ele coloca para tocar um CD de músicas brasileiras e canta junto. “Voa, canarinho, voa”, entoa Richard. “Pedala, pedala, pedala, Brasil”, emenda.
O torcedor do Orlando Pirates, um dos times mais populares da África do Sul, diz que aprendeu a gostar tanto do Brasil graças ao futebol e ao samba. “A seleção não fica dando chutão para frente, os jogadores parecem sambar com a bola”, diz ele, ameaçando uns passos que deveriam remeter ao samba.
Ronaldinho é o jogador preferido de Richard. “Mas agora, como ele não está aqui, gosto do Luís Fabiano. Ele é um predador na área, tem instinto de gol. Na Copa das Confederações vibrei com seus gols.”
O sul-africano aproveitou esta sexta-feira para tentar ver os jogadores brasileiros mais de perto. Foi até a Hoerskool Randburg para acompanhar o treino, mas não pôde entrar. Mas nem isso o desanimou.
Com o volume do som alto e ouvindo Zeca Pagodinho, Richard chamou a atenção dos outros torcedores. E mostrou o CD que o ajuda a entender algumas palavras em português: a capa do disco tem uma mulher de biquíni brincando com a bola e chama “Play Brazil”. Richard, ou Ricardinho, adora.
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