No Zimbábue, ativistas planejam protestos contra equipe da Coreia do Norte

O ministro do Turismo do Zimbábue fez um apelo aos ativistas políticos da região de Bulawayo, no oeste do país, desencorajando-os a realizar protestos contra a presença da equipe da Coreia do Norte de futebol, que chegará ao país dia 25 de maio para realizar um estágio preparatório antes da Copa do Mundo.

De acordo com o jornal sul-africano Sunday Times, no começo dos anos 80, cerca de 20 mil civis da etnia Ndebele foram vítimas de um massacre perpetrado por soldados da Quinta Brigada do exército zimbabuano, que por sua vez foram treinados por instrutores norte-coreanos que desembarcaram no país em 1983.

Estão previstas partidas entre Coreia do Norte e Zimbábue em duas datas diferentes, uma na capital do país, Harare, e outra justamente na província de Bulawayo, onde ativistas prometem fazer um centro de resistência contra norte-coreanos.

“Somos totalmente contra a presença da equipe norte-coreana no Zimbábue”, disse um porta-voz do Partido da União dos Povos Africanos do Zimbábue (Zapu). “Ter um time com a bandeira da Coreia do Norte por aqui é um ato muito provocativo”.

No entanto, Methuseli Moyo, ministro do Turismo do Zimbábue, pede para que o as pessoas deixem o esporte de lado de questões políticas. “O esporte deve permanecer como a ponte para o contato entre pessoas, provavelmente a única ponte que restou em pé até mesmo quando países estiveram em ruínas”.

O ministro diz ainda que tentou trazer outras equipes para o país, como Brasil, Inglaterra ou Estados Unidos, mas a Coreia do Norte foi a única nação a aceitar o convite.

Compartilhe: