Rafa Márquez

Ao entrar em campo com somente 17 anos de idade para estrear profissionalmente, em 1996, por uma grande equipe como o Atlas, de Guadalajara, o jovem Rafael Marquez nem imaginava que um dia poderia ser o capitão e principal jogador da seleção de seu país.

Considerado por muitos como um zagueiro de excelente visão de jogo e de eficientes passes longos, Rafael Marquez ainda leva como vantagem a versatilidade em campo: apesar de se destacar muito mais como defensor central, ele também já atuou de lateral-direito e volante.

Por conta de sua boa passagem pelo Atlas, por quem chegou a ser vice-campeão do Torneo Verano em 1999 (após perder a final nos pênaltis para o Toluca), o defensor foi convocado para jogar a Copa América e a Copa das Confederações de 1999 – neste último, venceu o Brasil na final e se sagrou campeão.

Por isso tudo, os dirigentes do Monaco desembolsaram a quantia de 6 milhões de dólares para levá-lo ao principado, onde começou a atuar em 1999, e em sua primeira temporada já faturou o título do Campeonato Francês.

Destaque no Monaco, Rafa Marquez foi convocado para disputar a Copa de 2002 pelo México, seleção da qual foi capitão naquele Mundial com apenas 23 anos de idade, consolidando-se finalmente como o principal líder do time desde então.

No ano seguinte, Marquez foi ainda campeão da Copa da Liga Francesa e seu nome já fazia parte das especulações do mercado da bola, quando finalmente o Barcelona o comprou por 8 milhões de euros, fazendo do zagueiro o primeiro mexicano a vestir a camisa azul-grená dos catalães.

A partir de então, a carreira do jogador só deslanchou. No Barcelona, o zagueiro quase sempre esteve entre os titulares, o que lhe fez ser um dos responsáveis diretos pelos frequentes títulos que a equipe catalã conquistou nos últimos anos: foi campeão do Campeonato Espanhol três vezes, além da Liga dos Campeões (o primeiro mexicano a vencê-la) e do Mundial de Clubes.

Seu amor ao Barcelona, no entanto, já causou polêmicas diversas, principalmente com relação à seleção: muitos o acusaram de não gostar mais de vestir a camisa mexicana, de fazer corpo mole nos jogos internacionais, acusações que ganhavam ainda mais corpo com seus pedidos para ser poupado dos compromissos da equipe de sua terra natal.

Apesar de sua preferência pelo Barcelona, o zagueiro também atuou na Copa de 2006 como capitão da seleção mexicana, que por pouco não eliminou a Argentina nas oitavas de final – saiu na frente com um gol justamente de Rafa Marquez, mas tomou o empate e o golpe final saiu na prorrogação, com um gol espetacular de Maxi Rodríguez.

Em 2006, Marquez era um dos poucos de sua seleção que atuava na Europa, fato para o qual ele chamou a atenção: era preciso ter mais atletas mexicanos ganhando competitividade nos torneios do Velho Continente.