Passarella

Dono de uma grande impulsão, que compensava o seu tamanho (1,74m), Daniel Passarella foi um dos maiores zagueiros da história do futebol argentino. Veloz, ótimo no desarme, possuía uma perna esquerda famosa em lançamentos longos e cobranças de falta. De personalidade forte, foi o capitão de todas as equipes em que jogou. Ganhou duas Copas do Mundo, em 1978 e 1986.

O temperamento forte lhe rendeu alguns apelidos, como "Gran Capitán", "Caudillo" e "Kaiser" (que significa imperador, em alemão). Mas ele não apenas defendia como também marcava gols. No Campeonato Argentino, fez um total de 99 gols em 298 partidas. Pela seleção, foram 22 tentos.

Além de duas passagens pelo River Plate, clube onde iniciou a carreira como profissional, Passarella jogou também na Itália, onde virou líbero e brilhou na Fiorentina e na Internazionale. A função de treinador começou em 1989, no próprio River.

Com a personalidade marcante de sempre, Passarella chegou ao comando da seleção argentina e teve muitas dificuldades, principalmente nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1998. Os argentinos sofreram no início, mas se classificaram para o Mundial, onde foram eliminados nas quartas-de-final. Treinou também o Uruguai em boa parte das eliminatórias para a Copa de 2002.

Passarella teve uma rápida e polêmica passagem pelo Brasil no comando do Corinthians. Após uma goleada sofrida para o São Paulo, por 5 a 1, durante o Campeonato Brasileiro de 2005, o treinador foi demitido. Após voltar a comandar o River Plate no banco de reservas, o "Gran Capitán" tornou-se presidente da equipe portenha em dezembro de 2009.