Não temos nada a esconder, diz diretor da organização do Mundial no Qatar

Da Reuters

Em Doha (Qatar)

  • AFP PHOTO / Qatar 2022 committee

    Visão externa do estádio Al Bayt, palco que receberá uma das semifinais da Copa de 2022

    Visão externa do estádio Al Bayt, palco que receberá uma das semifinais da Copa de 2022

A Copa do Mundo de 2022 vai ocorrer como planejado no Qatar e o país não tem nada a esconder sobre as denúncias de corrupção durante o processo de escolha da sede do torneio, disse o diretor de comunicação da organização catari, Nasser Al Khater, nesta quarta-feira.

"Nós nos mantivemos sob os mais altos padrões éticos. Estamos confiantes sobre o modo como nos comportamos", disse Al Khater à TV Al Jazeera. "Nós não estamos preocupados. A Copa do Mundo vai acontecer no Qatar."

Al Khater disse que seu país iria colaborar com a investigação da Fifa sobre possíveis casos de corrupção na candidatura, mas enfatizou que o Qatar não tem nada a esconder.

"O Qatar é parte da investigação, assim como a Rússia (2018). Todo o processo faz parte disso. É lamentável que as pessoas destaquem o Catar todas as vezes que discutem sobre isso", disse ele.

Ele também fez questão de se distanciar do ex-executivo da Fifa Mohamed Bin Hammam, dizendo que ele não representava o Comitê Supremo do Catar 2022 durante a campanha para sediar a Copa.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse antes do Mundial no Brasil que pode ter sido um erro escolher o Qatar como sede do torneio por causa do calor intenso no verão, quando as temperaturas podem chegar aos 50 graus Celsius. Ele sugeriu que talvez seja uma ideia melhor disputar o torneio no inverno.

Al Khater afirmou que seu país é capaz de sediar o Mundial seja no inverno ou verão.

"Aguardamos o retorno e as recomendações de uma força-tarefa. Nossos planos não mudarão, estaremos prontos seja no inverno ou verão", afirmou ele.

Ele acrescentou que seu comitê também estava fazendo de tudo para garantir as condições de segurança no trabalho no Qatar, depois do país ter sido criticado pela Anistia Internacional e a Human Rights Watch por denúncias de maus-tratos a trabalhadores imigrantes, a maior parte vinda do Nepal e Índia.

(Reportagem de Tony Goodson)

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