Fifa cita "alto risco" de ataque terrorista em Copa no Qatar, diz jornal

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • AFP PHOTO / Qatar 2022 committee

    O projeto do estádio Al Wakrah, que será construído para a Copa do 2022, é um dos destaques do Qatar

    O projeto do estádio Al Wakrah, que será construído para a Copa do 2022, é um dos destaques do Qatar

A Fifa organiza a Copa do Mundo no Brasil, mas também se preocupa com os rumos que o Mundial programado para 2022, no Qatar, toma. De acordo com documentos da entidade máxima do futebol, divulgados pelo jornal britânico The Sunday Times, os cartolas temem que o país seja um alvo fácil para terroristas.

Apesar dos problemas levantados por relatórios de segurança encomendados pela própria Fifa, Qatar foi escolhido como sede do Mundial que será realizado daqui a oito anos. Os documentos citam "elevado risco" de um ataque terrorista ocorrer durante a disputa da competição.

No início de junho, o mesmo The Sunday Times denunciou que um ex-alto dirigente de futebol do Qatar gastou US$ 5 milhões para conseguir o apoio de vários representantes do futebol internacional à candidatura de seu país como sede do Mundial de 2022. O comitê de candidatura reagiu imediatamente, negando qualquer irregularidade na atribuição do Mundial 2022 ao país.

A Fifa também negou irregularidades na escolha do Qatar como sede. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, reagiu às alegações de suborno, mas ressaltou que há necessidade de investigação. "Não sou profeta, esperamos os resultados das investigações", disse o dirigente.

A escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022 tem sido polêmica. A Confederação Sindical Internacional (CSI) já denunciou um regime "escravista" de regime de trabalho de operários estrangeiros e condições de vidas precárias de quem trabalha nas obras.

Outro problema que o Qatar enfrenta é o forte calor na época da Copa, quando a temperatura gira em torno de 40 e 50 graus. 

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