Mano minimiza busca da CBF por técnico e pede nova filosofia
Bruno Thadeu
Do UOL, em São Paulo
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Junior Lago/UOL
Ex-técnico da seleção, Mano Menezes minimizou a busca da CBF por um novo nome
Mano Menezes recebeu como missão da CBF no segundo semestre de 2010 comandar o processo de renovação da seleção brasileira após a Copa do Mundo da África. Mas o técnico foi substituído um ano e meio antes do Mundial. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, no CT do Corinthians, Mano evitou falar sobre seleção, deixou nas entrelinhas que o plano de reformulação não foi levado adiante pela CBF e deixou claro que a necessidade de uma nova "filosofia" é muito mais importante do que a busca de um sucessor de Felipão.
"Qualquer declaração [sobre seleção] vai parecer uma coisa em cima de algo que não vai produzir efeito positivo. Vamos falar no tempo certo, hora certa e com pessoas certas. Discutir forma mais ampla e profunda. A parte mais importante é a filosofia, a ideia. E depois dessa ideia, vocâ vai escolher as pessoas que compactuam com ela. Posteriormente exercê-la [nova filosofia] de forma mais ampla no futebol brasileiro e não apenas na seleção", disse Mano.
O técnico do Corinthians citou o exemplo de renovação que a seleção alemã enfrentou pouco antes da Copa de 2006. Os frutos foram obtidos apenas em 2014. Quando contratado pela seleção, Mano levou Neymar e Ganso, que não haviam sido convocados para a Copa da África.
Embora controlando as palavras sobre CBF, Mano soltou indireta sobre a diferença de planejamento do futebol brasileiro em comparação com o alemão.
"Temos [futebol brasileiro] que chegar mais rápido [do que os alemães], porque a paciência é menor".