Mascherano rejeita rótulo de general e diz: "Não sou o Rambo"

Do UOL, em São Paulo

Javier Mascherano voltou à moda com sua grande atuação nesta edição da Copa do Mundo e já é apontado como um dos principais nomes da Argentina, finalista do Mundial após 24 anos. E como não poderia deixar de ser, a torcida está empolgada com o "Jefecito", líder da equipe dentro de campo, que desarma e também tem sido importante nas saídas de bolas do time. 

O jogador, no entanto, tenta mostrar modéstia nas entrevistas, querendo se mostrar um atleta de equipe e rejeitou, em entrevista ao jornal Olé, o rótulo de general da seleção que ganhou dos torcedores. 
 
"Não, não. Não sou o Rambo nem San Martín [general que participou das campanhas de independência da Argentina, Chile e Peru]. Levo isso com bom humor, mas me deixa envergonhado. Não é falsa modéstia, pois falsa modéstia é pior que soberba. É que quando você se deixa levar, as pessoas passam a ter expectativas que talvez você não possa cumprir", disse. 
 
O volante destacou o crescimento da Argentina durante o Mundial e lembrou que diversos jogadores tiveram participações individuais importantes na campanha para que a equipe chegasse na final. 
 
"Quando a equipe funciona, as individualidades crescem. Tivemos sorte que Chiquito [Romero] pegou os pênaltis [contra a Holanda, na semifinal], que a bola de Angel [Di Maria] entrou no último minuto [contra a Suíça, nas oitavas] e a história é assim. Claro que estou contente com meu rendimento individual, não vou mentir, mas sou dos que pensam que só se pode fazer a análise quando se chega ao final. E ainda não terminou", afirmou. 
 
Sobre a partida final contra a Alemanha, Mascherano destacou os pontos fortes do rival, especialmente no meio de campo, mas não deixou de mostrar confiança na possibilidade do tricampeonato argentino. 
 
"É uma equipe que tem mais gente no meio, entre as linhas, e é onde temos que nos manter próximos e fazer trocas muito rápidas de posições. Se der espaço, como aconteceu com o Brasil, eles te liquidam. São bons, fortes, potentes e sabem como jogar. Mas confio na Argentina. A equipe tem segurança no que estamos fazendo, e isso é o importante. Com nossas armas, podemos neutralizar muitas das coisas boas que eles fazem e criarmos problemas."
 

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