A seleção argentina fará neste domingo o jogo mais importante da equipe nos últimos 24 anos. Horas antes de os sul-americanos enfrentarem a Alemanha na decisão da Copa de 2014, porém, esse não é o único assunto que tem agitado o país. Há uma discussão muito constante sobre o futuro do técnico Alejandro Sabella.

Sabella, 59, foi contratado pela seleção argentina em 2011, dois anos após ter vencido a Libertadores com o Estudiantes. O contrato dele com a equipe nacional termina após a participação na Copa de 2014.

Na última sexta-feira, o empresário de Sabella, Eugenio López, disse que o técnico não vai continuar na seleção. Além disso, afirmou que essa decisão independe do resultado da decisão da Copa de 2014.

"Ele sonhou com isso durante toda a vida, buscou e trabalhou, mas já deu à Argentina o que tinha que dar. Tenho certeza de que Alejandro não continuará na seleção", disse Eugenio López à rádio argentina "FM Delta".

O assunto chegou ao próprio Sabella. Questionado sobre o pós-Copa pelo jornal argentino "Olé", o técnico se recusou a falar sobre o assunto: "Para mim, o único futuro é a decisão do Mundial".

"Pensar em qualquer outra coisa agora seria uma falta de respeito", completou Sabella. A Argentina não vence uma Copa desde 1986 e não disputa uma decisão desde 1990.

Ainda assim, a notícia suscitou na Argentina um debate similar ao que o Brasil tem vivido desde que a seleção foi goleada pela Alemanha: quem pode assumir a seleção depois da Copa do Mundo?

Sites argentinos lançaram enquetes sobre o tema, e a rádio "La Red" disse que a AFA (Associação de Futebol Argentino) já até escolheu um substituto. Segundo a emissora, Gerardo "Tata" Martino, ex-comandante do Barcelona, já teria dado ok sobre assumir o cargo.

A escolha teria tudo a ver com a opinião de Lionel Messi. Segundo a rádio, o camisa 10 é defensor do trabalho de Martino – o jogador também foi um dos responsáveis pela ida do comandante para o Barcelona.

A informação foi rechaçada pela AFA. "Não conheço o representante de Sabella e não sei de onde vieram essas informações. Sabella é nosso técnico, e assim vai continuar até 2018", declarou Juan Carlos Crespi, secretário-geral de seleções da entidade.