Skatistas ignoram a Copa e aproveitam ruas vazias para treinar manobras

Paulo Anshowinhas

Do UOL, de São Paulo

Enquanto as atenções estavam voltadas para a goleada histórica da Alemanha sobre o Brasil nas semifinais da Copa, tem uma galera que não estava nem ai para esses resultados.

"Eu odeio futebol", disse radicalmente, o skatista mineiro Phillipe Bruno, de 23 anos, um daqueles que em vez de ficar em frente a uma tela de TV, preferiu encarar o dia frio e de garoa para andar de skate em um dos principais redutos dessa turma em São Paulo, a Praça Roosevelt.

"A gente não se alienou, a Copa acaba mas o Brasil fica, você já experimentou ir tentar tirar um raio X no hospital pra ver quanto tempo leva", irrita-se antes de voltar a andar.

"Eu aproveitei para treinar uns kickflips, nollie noseblunt, frontside rockslide", comenta Wellington de Oliveira, de 18 anos, ao elencar algumas manobras . Ele preferiu colocar o fone de ouvido e ouvir rock do que assistir TV.

Outro que aproveitou para andar em dia de ruas vazias foi Ruan Felipe, de 20 anos, que mesmo sem as pernas, veio de Ribeirão Preto para a Roosevelt em busca de "menos crowd", ou seja, menos aglomeração para treinar.

Nem mesmo um skatista com a camiseta da seleção sabia do resultado do jogo antes mesmo de chegar a 5 x 0 do primeiro tempo. "Futebol para mim é plano B, a camiseta não tem nem número", declarou Luis Paulo de 15 anos.

Sobre a disputa de sábado, eles já sabem o que fazer. "Vamos andar ainda mais de mais skate", completam e seguem adiante.

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