Argentina volta à Cidade do Galo com apoio de brasileiros para a final
Jeremias Wernek
Do UOL, em Vespasiano (MG)
A seleção da Argentina voltou para seu QG, na madrugada desta quinta-feira, com poucos admiradores. Cinco brasileiros e somente um argentino deram plantão na porta da Cidade do Galo para ver os finalistas da Copa do Mundo.
Mas os nascidos no Brasil não foram torcer contra, longe disso. Foram dar seu apoio para o jogo contra a Alemanha, no próximo domingo, no Maracanã.
"Que a Argentina vingue a gente no domingo. Pelo menos isso", comentou Janaina Gorosito, casada com o único argentino presente, Sérgio, e mãe do pequeno João Pedro, que ficou acordado apesar do horário.
O ônibus com Messi e companhia foi aguardado por uma dupla de amigos que jura torcer pela Argentina há tempos. Gustavo Araújo e Gabriel Borges sequer lamentaram a goleada sofrida pelo Brasil e o consequente desencontro com os hermanos na decisão.
"Faz muito tempo que eu não torço para o Brasil e por vários motivos. Gosto demais da Argentina e vai ser bom demais se ela ganhar", disse Borges, professor de educação física.
Além deles, seis soldados do exército brasileiro e outras duas viaturas da Polícia Militar receberam os jogadores de Alejandro Sabella. A presença ali, na madrugada, também era uma forma de protestar.
"A CBF é uma vergonha, uma máfia. Não senti pena nenhuma do 7 a 1 e quero mais que a Argentina ganhe a Copa aqui dentro", disparou Gustavo Araújo.
O horário e a temperatura baixa também não contribuíram para um maior público. O tempo de contato visual tampouco anima, pois com otimismo foram 40 segundos de observação ao coletivo.
No comboio, o primeiro ônibus trouxe jogadores e comissão técnica. Uma van logo atrás carregou dirigentes e um terceiro coletivo transportou os atletas do time sub-20. Mascherano, de grande atuação contra a Holanda, estava em um carro com outros integrantes do estafe argentino.
O time de Sabella volta a treinar nesta quinta-feira à tarde. No sábado, a delegação volta a viajar. Para disputar a final do Mundial, 24 anos depois. E com apoio de alguns brasileiros.