Demichelis ressurge após exílio e busca glórias com a seleção argentina

Luis Augusto Simon

Do UOL, em São Paulo

Duas frases de Martin Demichelis demonstram como é cheia de supresas, de altos e baixos, a sua relação com a seleção argentina.

"Não tenho vontade de viajar e nem de viver", afirmou após ser cortado por Jose Pekerman da lista argentina para 2006, quando vivia um grande momento no Bayern de Munique.

"Há um mês, eu não poderia imaginar que estivesse nesse Mundial", disse o campeão inglês pelo Manchester City, escalado para enfrentar a Holanda na semifinal de 2014.

Entre a ausência e a presença no time titular, conquistada durante o Mundial, houve a Copa de 2010, quando Maradona, o treinador, o bancou como titular nas cindo partidas. A última, uma goleada de 4 a 0 sofrida diante da Alemanha, o tirou da Copa América do ano seguinte, na Argentina.

Com a queda de Sergio Batista, assumiu Alejandro Sabella e Demichelis foi chamado. Jogou muito mal contra a Bolivia, em casa, no empate por 2 a 1, em 11/11/2011 e não foi mais chamado.

Em maio de 2014, Sabella, impressionado com suas boas atuações no campeonato inglês, o colocou na lista preliminar de 30 jogadores.

Demichelis prometeu cortar a grande cabeleira se chegasse ao Mundial. E já com cabelos curtos, estreou contra a Bélgica, nas quartas-de-final, substituindo Federico Fernandez, que não estava indo bem. Foi um jogo histórico para os argentinos, que conseguiram a classificação a uma semifinal após 24 anos.

 "Não conseguia me imaginar no Mundial mas sempre se tem ilusões, sonhos e esperanças porque isso é futebol. Sempre surpreende e eu me preparei para isso".

A carreira inconstante na seleção – são 39 jogos – não reflete suas conquistas em clubes. Venceu o Clausura, com o River em 2002 e fez história na Alemanha, ganhando quatro campeonatos nacionais, uma Copa da Alemanha, uma copa da liga alemã e uma supercopa. No Malaga, ganhou o insignificante torneio da Costa do Sol e no Manchester City venceu o campeonato inglês e a Copa da Liga.

Conquistador ele é também fora do campo. É casado desde 2007 com Evangelina Anderson, modelo argentina. Tem dois filhos: Martin Bastián e Lola. 

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