Em sua última entrevista coletiva na base de Porto Seguro antes de seguir para Belo Horizonte, palco da semifinal contra o Brasil, o meia Bastian Schweinsteiger deixou de lado a diplomacia que vinha marcando a passagem da seleção alemã pela Copa do Mundo de 2014: o jogador do Bayern de Munique afirmou neste domingo estar preocupado com que classificou com vista grossa dos árbitros para as entradas dos jogadores brasileiros em campo.

Numa entrevista coletiva em que falou sobre bronzeados sob o sol baiano e a honra de enfrentar o Brasil em casa, Schweinsteiger também abriu espaço para uma alfinetada ao dizer que a seleção de Luiz Felipe Scolari passou dos limites no uso das faltas. "Eu sou favor de um jogo mais viril, só que algumas das faltas do Brasil foram um pouco duras demais. Os brasileiros não são apenas mágicos com a bola nos pés, eles também sabem jogar pesado e tanto nós como os árbitros precisaremos estar atentos", afirmou o meia.

Apesar de conhecidos por uma tradição de mais vigor físico, os alemães neste Mundial bateram bem menos que a seleção brasileira. Após cinco rodadas, a equipe de Joachim Löw cometeu 57 faltas e sofreu 74, ao passo que o Brasil é a equipe mais violenta do Mundial, com 96 infrações cometidas, apesar de ter sofrido 95. Nos cartões amarelos, goleada brasileira: o time de Felipão tem 10, contra apenas quatro dos alemães.

"Os brasileiros têm mostrado que sabem jogar no limite da tolerância dos árbitros", acrescentou Hansi Flick, assistente-técnico da seleção alemã e que também participou da coletiva.

Depois de um show de relações públicas desde a chegada a Porto Seguro que inclui o notório vídeo com "Schweini" e o goleiro Manuel Neuer cantando o hino do Bahia, a seleção alemã agora se preocupa com a recepção bem menos calorosa que deverá ter dos anfitriões em campo.

Brasil e Alemanha se enfrentam nesta terça-feira, às 17h (horário de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte. O jogo terá acompanhamento em Tempo Real pelo Placar UOL Esporte.