Löw nega favoritismo alemão e diz que ausência de Neymar fortalece Brasil

Do UOL, em São Paulo

Nada de favoritismo. Antes da semifinal contra o Brasil, o discurso do técnico da Alemanha, Joachim Löw, adora um discurso humilde. Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, no Mineirão, o técnico alemão elogiou a seleção brasileira e acredita que nem mesmo a ausência de Neymar será capaz de abalar a motivação do time comandado por Luiz Felipe Scolari.

A um dia de enfrentar o Brasil, Löw lamentou a lesão que tirou o craque brasileiro da Copa do Mundo e acredita que o desfalque fará com que o elenco de Felipão entre ainda mais motivado para o duelo desta terça-feira.

"Eu queria desejar o melhor a Neymar e que ele volte em breve. Com certeza não somos favoritos (por conta da lesão). Não dá para acreditar que seremos favoritos por conta da ausência do Neymar. Ele é um grande jogador, mas existem outros jogadores que possuem qualidade. Tenho certeza que os outros vão lutar por ele e pelo país para que o Brasil siga adiante", disse.

"Todo jogo é diferente, tem uma forma distinta de jogar. A semifinal tem sua própria dinâmica e não podemos prever um resultado. Ambos os times vão tentar fazer o seu jogo. Os dois possuem a motivação de chegar a final. Para nós é um grande desafio jogar contra o país sede por razões óbvias, mas cada jogo tem uma forma diferente", completou.

O técnico também criticou a falta de rigor da arbitragem em alguns momentos e pregou a necessidade de proteger os craques da Copa.

"Temos que ver que essas faltas muitas violentas sejam paradas, caso contrário não teremos Neymar e Messi. Teremos outros tipos de jogadores que só entram em campo para destruir. Essa é uma Copa com dinamismo e força física. Mas eu já vi algumas Copas passarem do limite", afirmou.

Löw aproveitou para falar sobre a forte pressão que sua equipe sofrerá forte pressão por parte da torcida brasileira. Mesmo assim, ele acredita que seus comandados precisam estar focados apenas no próprio trabalho e não entrar na emoção do jogo.

"Eu acredito que o Brasil amanhã irá liberar toda sua paixão e emoções. Isso é algo muito fácil de ver nos jogos anteriores, que de fato ali está a paixão. Qualquer ataque que se aproxime de gol será acompanhado por gritos e grande potencial da torcida brasileira. Temos que fazer nosso jogo, não nos concentrarmos nos brasileiros. Temos que nos concentrar e ter coragem para fazer o que é preciso. Temos que fazer o que estamos acostumados a fazer", analisou.

O treinador alemão, assim como Luiz Felipe Scolari, fez mistério sobre a escalação para o duelo decisivo e afirmou que decidirá quem vai a campo apenas na noite desta segunda-feira. A única informação divulgada é que seus comandados estão prontos para qualquer escolha que Felipão faça para substituir Neymar.

"Em relação ao time atual, todos estão em condições e vou decidir a escalação hoje à noite. O Brasil, até onde eu saiba, sempre joga com três no meio. O Neymar mais à esquerda, o Hulk e o Oscar. Veremos isso na escalação deles e temos a variação na nossa escalação. Estaremos prontos para cada situação", definiu.

Brasil e Alemanha se enfrentam nesta terça-feira, às 17 horas (de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte. 

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