Em BH, alemães esperam ganhar em jogo difícil mesmo sem Neymar

Isabela Noronha

Do UOL, em Belo Horizonte

Eles são treinados a observar jogadores em campo, em partidas decisivas ou não. Mas neste domingo (6), Christian Wück e Guido Streichsbier, respectivamente os treinadores das seleções alemãs sub- 17 e sub-18, só pensavam em contemplar os pontos turísticos de Belo Horizonte, especificamente na Praça da Liberdade, centro-sul da cidade.

Trabalhando junto à DFB (Deutscher Fußball-Bund), a Federação Alemã de Futebol, eles chegaram à capital mineira no sábado para o jogo de terça-feira (8), quando Brasil e Alemanha se enfrentam no Mineirão às 17h na semifinal da Copa do Mundo.

"Na partida contra a Colômbia, vi muitas camisas amarelas. Vai ser complicado para a gente", afirmou Guido, para emendar em seguida: "Por outro lado, há muita pressão sobre vocês. E é bom lembrar que já ganhamos em casa do México (na Copa de 1986)."

"Acho que será difícil para os dois", resumiu Christian.  "Porque também não sabemos como a torcida brasileira vai reagir se a Alemanha começar ganhando. Pode ser que cantem mais alto, mas pode ser que se calem", disse.

Ele acredita em uma vitória dos alemães, mas com placar apertado. "Dois a um para a gente", apostou.

Para eles, a saída de Neymar não afetará a equipe alemã. "Não fará diferença. Com ou sem Neymar, jogaremos o nosso jogo", afirmou Christian. Eles relembraram a lesão do meia Lars Bender, que o tirou da seleção alemã às vésperas do Mundial. "Toda seleção tem seus problemas", diz Guido. "Mas o Brasil não é só o Neymar", declarou.

Os dois já assistiram a várias partidas da Copa do Mundo. Entre elas, as do Brasil nas oitavas e quartas de final.

"Foi um jogo ruim para vocês, contra o Chile", avaliou Christian.  "Mas contra a Colômbia estiveram melhores, muito fortes, especialmente no primeiro tempo", disse Guido.

Na opinião dos treinadores, além da torcida, o fator que pode pesar na próxima terça-feira vai além da habilidade dos craques e dos técnicos. "A sorte vai ser decisiva. Às vezes, a bola bate na trave, às vezes ela entra. Vamos ver", disse Guido.

Ele e Christian chegaram ao Brasil em 26 de junho, para o último jogo da Alemanha na fase de grupos da Copa. Segundo afirmam, a viagem estava programada bem antes de saberem se o time passaria. Da mesma forma, independentemente do desempenho de sua seleção, ficarão até a final. Mas as expectativas são as melhores.

"Estamos aqui para ganhar, não para brincar", diz Guido, sorrindo. "Nós só temos três estrelas, vocês têm cinco, nem cabem mais na blusa", brincou.

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