Torcida joga junto no Castelão, mas sofre para encontrar grito para seleção

José Ricardo Leite

Do UOL, em Fortaleza

O gol relâmpago e o bom começo da seleção brasileira no jogo contra a Colômbia incendiaram a torcida no Castelão no primeiro tempo do jogo em Fortaleza. Entrando no clima de decisão da partida, o público nas arquibancadas passou a aplaudir qualquer jogada da seleção, de dribles a carrinhos, e a vaiar sempre que o time colombiano tocava a bola.

A alegria, no entanto, encontrou um problema: o que gritar para a empurrar a seleção? Essa dúvida, presente em jogos do Brasil desde o início da Copa do Mundo, continua. Alguns grupos tentam diversas vezes puxar algumas músicas, mas não conseguiram fazer o restante do estádio abraçar qualquer uma delas.

O tradicional "Eu sou brasileiro" foi um dos testados, além do "Dá-lhe ooo, dá-lhe ooo, o Brasil vai ser campeão" e do simples "Brasil, Brasil, Brasil". Nenhum, porém, empolgou. Foi a mesma dificuldade de outras partidas. Até mesmo o técnico Luiz Felipe Scolari já chegou a sugerir em entrevistas algumas músicas para que a torcida grite nos estádios.

Um grito que foi seguido por todo o estádio, e que carrega uma conotação preconceituosa, foi ouvido nos tiros de meta da Colômbia. A torcida cearense imitou os mexicanos ao gritar "Puto!" quando o goleiro parte para a bola. Esse comportamento chegou, inclusive, a fazer a Fifa abrir uma investigação contra a Federação Mexicana por considerar o gesto homofóbico - a palavra puto é usada para descrever de forma pejorativa os homossexuais no país. O México acabou absolvido da questão.

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