Em Recife, 268 trabalhadores da Copa passaram mal; governo cita 'pressão'

Carlos Madeiro

Do UOL, no Recife

A Copa do Mundo no Recife terminou nesse domingo (29) com um saldo de 268 trabalhadores que precisaram de atendimento médico durante os cinco jogos na Arena Pernambuco. Na partida entre Costa Rica e Grécia, pelas oitavas de final, o número de atendimentos bateu recorde, com 86 casos.

Segundo a Secretaria Extraordinária da Copa, ao todo cerca de 4.000 pessoas atuaram na Arena Pernambuco durante os jogos, o que significa que quase 7% tiveram algum tipo de problema e precisaram passar por um médico.

Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, 60% dos atendimentos da última partida foram com trabalhadores com sintomas de dores no corpo e cefaleias. "Esse número de atendimento eu acredito que se deve ao acumulo de trabalho em curto espaço de tempo, com uma forma de trabalho possivelmente sob tensão de ter servir, prestar seus serviços com atenção", disse o secretário Executivo de Vigilância em Saúde, Eronildo Felisberto..

Apesar de ter registrado na segunda partida casos de diarreia, o secretário informou que mais nenhuma ocorrência foi registrada nas demais partidas. "Não houve mais registro de intoxicação alimentar. Houve extrema colaboração do comitê local, e isso foi bom para todo mundo", disse.

Durante a Copa do Mundo, a Secretaria de Saúde de Pernambuco utilizou um sistema de monitoramento dos atendimentos em tempo real, o que facilitou as estatísticas.

O secretário da Copa em Pernambuco, Ricardo Leitão, comemorou o fato de a Copa terminar sem nenhuma ocorrência grave. "Não houve um acidente sequer. Trabalhamos com prazos muito curtos, de transportar 40 mil pessoas, dar segurança, controle das áreas nos padrões que são exigidos pela Fifa. Não é operação simples, exigiu de todos nós, de atuar sob pressão de forma variada", afirmou.

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