Argentinos revelam seus truques de conquista no Rio durante a Copa
Do Clarín
No Rio de Janeiro
Todas as noites nas ruas do Rio de Janeiro tem outra Copa. É uma competição que só ganha quem paquera com insistência. Onde é preciso não sentir a pressão de jogar fora de casa. E quem ganha é quem sabe esquivar os dribles do adversário.
É a Copa do Mundo das conquistas, essa que enche os torcedores argentinos de adrenalina. Quando o sol se põe atrás dos morros da cidade, eles colocam a melhor roupa para arrebentar e ganhar um prêmio: podem ser alguns beijos ou inclusive algo mais.
A partir das 19 – às 18h30 já é de noite no Rio de Janeiro – centenas de argentinos se instalam com suas geladeirinhas de isopor, alguma garrafa de fernet e muitas latas de cerveja para fazer o esquenta em Copacabana.
Centro nevrálgico do trânsito dos fanáticos do mundo inteiro que chegaram para a Copa, os argentinos fazem uma marcação homem a homem. Partem para cima da primeira garota que vêm andando, como se fossem o Messi, mas sem o mesmo resultado.
Param as garotas, oferecem um gole de fernet, tentam abraçar e se comunicam em portunhol por alguns minutos. Eles têm sua própria torcida – os amigos – que os estimulam até que vêm que o resultado é irreversível e fica só num empate digno.
A mesma coisa acontece na praia, inclusive com mais sucesso, durante o dia. As partidas do Brasil, onde os argentinos "ganharam" vários mano a mano e deu para ver muitos beijando garotas com a camisa verde-amarela, enquanto outros cantavam o refrão do 'hino' dos torcedores argentinos neste Mundial - "somos locales otra vez" ("somos mandantes de novo").
Lapa
O "Maracanã" das conquistas argentinas é a Lapa, um bairro de bares onde todas as noites milhares de torcedores se reúnem até fazê-lo colapsar. Ali "os nossos" têm mais sorte.
Ao contrário de Copacabana, muitos conseguem roubar beijos de fanáticas de outros países, inclusive brasileiras, apesar da rivalidade de "hermanos" que está latente o tempo todo na Copa do Mundo.
O ideal na Lapa é andar pelas ruas, comer alguma coisa nos carrinhos – que oferecem de "cachorros quente" (em espanhol, panchos), salgadinhos, comida chinesa – tomar uma caipirinha e partir para cima, em tempo de acréscimo, quando muitos – e muitas – não querem ir dormir sozinhos.
Estratégia da conquista
Joe Fernández, empresário, músico, astrólogo e autor do livro "Como conseguir garotas", também está no Brasil e em conversa com o Clarín no Empório de Ipanema, analisou a estratégia dos argentinos para conquistar.
"O argentino tem que deixar de fazer qualquer coisa, eles acham que só porque você dá uma cerveja de presente para uma mina você já pode ficar com ela e não é assim, a carioca é mais tranquila e, além disso, ela prefere o xaveco em inglês ao xaveco em portunhol merreca", explica Joe.
Fernández faz uma conta. "Estamos na Copa do Mundo de futebol, aqui 90% dos torcedores são homens, tem poucas mulheres, então em vez de ser um chato, o melhor é se mostrar distante. Você compra duas cervejas, dá uma para a garota e vai embora, uma hora depois você volta e diz: estava boa?", aconselha.
"Eu estou fazendo uma proposta séria, somos três e temos R$ 150". A frase faz parte de outra faceta da noite do Rio: a prostituição, outra realidade da Brasil 2014. Foi dita por um argentino com a camisa do River para uma garota deslumbrante, que não aceitou a oferta.
Quando a cidade maravilhosa ainda não estava em clima de Copa já tinha um lugar explodia de torcedores. De noite e de dia, a metros do Fan Fest, dezenas de mulheres cativavam com seus olhares os turistas que chegavam ao Brasil para viver a festa do futebol.
Torcedores das 32 seleções passam por ali todos os dias, principalmente bem tarde da noite, para "comprar" sexo sob do olhar atento da polícia.