Possível ausência de David Luiz é pesadelo para Felipão

Fernando Duarte

Do UOL, em Belo Horizonte

A possível ausência do zagueiro David Luiz na partida deste sábado contra o Chile – está às voltas com uma contratura muscular nas costas – é um pesadelo estatístico para Felipão. Titular absoluto da seleção brasileira em boa parte dos últimos quatro anos, o novo jogador do Paris Saint Germain formou com o futuro companheiro de time Thiago Silva uma dupla de zaga responsável por uma diminuição substancial no número de gols sofridos pela seleção brasileira e cujo valor é respaldado também pela avaliação do mercado.

Mas é no aproveitamento que a zaga ganha jeito de talismã: com Silva e Luiz em campo, a seleção não perde há mais de três anos – a última vez foi no amistoso contra a França, em Paris, em fevereiro de 2011, quando a seleção jogou com 10 jogadores a maior parte do tempo por causa da expulsão de Hernanes. A dupla de zaga atuou junta em 29 das 58 partidas da seleção desde agosto de 2010, quando fez sua primeira partida, após a eliminação no Mundial da África do Sul. Foram 23 vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas, ambas em 2011.

No total, a seleção brasileira levou apenas 13 gols, e em 17 ocasiões a defesa não foi vazada. Nas vezes em que um dos dois ou nenhum deles esteve em campo, o Brasil sofreu quase o dobro de gols (25), apesar de ter "fechado" o gol em 14 partidas. Com a dupla titular em campo, a média de gols sofridos pela seleção é de 0,45 por jogo. O índice salta para 0,86 com a dupla desfeita.

Os dois jogadores agora se preparam para formar no PSG a dupla de zaga mais cara da história, depois de o clube parisiense, que tirou Silva do Milan por R$ 126 milhões em 2012, pagar ao Chelsea R$ 150 milhões por David Luiz, em maio.

Na Copa do Mundo, a defesa da seleção foi vencida duas vezes nas três primeiras partidas, um desempenho semelhante ao do mesmo período na última Copa do Mundo. A competição marcou a despedida de Lúcio e Juan, que fizeram história ao se tornarem a primeira dupla de zaga brasileira a disputar dois mundiais consecutivos – embora as participações em ambas tenham terminado nas quartas de final.

Lúcio (campeão mundial com a seleção em 2002) e Juan atuaram juntos em 49 partidas, com 33 vitórias, dez empates e seis derrotas. Levaram 32 gols, média de 0,71 por partida, mas em 27 compromissos com os dois em campo a seleção não foi vazada.        

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