Uma das diferenças a favor da atual seleção é a experiência internacional, como diz Mauricio Londono. "Eles têm muito mais experiência. E têm também uma cabeça melhor, são mais foretes mentalmente". Vestindo uma peruca do ídolo dos anos 90, ele observa. "Valderrama é o melhor. Não tem igual. Mas acho que essa geração vai superar"

 

Outro ponto a favor da equipe comandada por Jose Pekerman é o fato de muitos dos jogadores já se conhecerem e aturarem juntos em seleções sub-20 da Colômbia. "Estão jogando juntos há muito tempo, se conhecem há anos. É uma seleção muito mais unida. A outra tinha craques, mas era meio descontrolada", diz Felipe Buritica.

 

"A outra dava espetáculo, praticava um jogo mais bonito. Esta faz um jogo mais efetivo, mais prático. Esta é uma equipe de amigos, aquela era só uma equipe", observa Javier Cruz.

 

"Esta é mais unida. Jogam com mais facilidade. Vibram juntos. E aquela enfrentou problemas extra-campo, como a violência do país e o narcotráfico. A Colômbia mudou", lembra Diego Gutierrez, evocando um fato trágico, o assassinato do zagueiro Andres Escobar, assassinado depois da desclassificação da Colômbia na Copa de 94.

 

Dos dez colombianos ouvidos pelo UOL Esporte, apenas um defendeu a geração de Valderrama como melhor do que a do atacante James Rodriguez: "Aquela equipe era melhor, mais talentosa, mas pouco tática. Hoje, isso é fundamental. Eu tinha mais alegria de ver aquela", diz Jose Fernando Spinosa.

 

Com a melhor campanha de uma seleção da Colômbia em Copas do Mundo (três vitórias na primeira fasel), esta equipe entrou para a história ao vencer o Uruguai e, pela primeira vez, passar para as quartas de final. Depois desse resultado, definitvamente, a geração de Valderrama está superada.