Fred assume Neymar como plano A e anuncia 'sacrifício' contra chilenos

Fernando Duarte

Do UOL, em Tersópolis (RJ)

Três dias depois de abrir sua conta de gols na Copa do Mundo, Fred ainda não escondia o alívio. A ponto de ter assumido que jogar a bola para Neymar é o plano A da seleção para seguir no torneio. Sem rodeios, o centroavante disse que confiar nos lampejos do melhor jogador da seleção no Mundial até agora não é problema algum para os restante dos jogadores. "Nossa forma coletiva só evoluiu mesmo no último jogo (Camarões). O Neymar é o jogador que faz a diferença, tem que dar (a bola) nele mesmo, ele pode achar espaço que não tem me jogada individual".

Fred também rasgou seda de forma ruidosa para o companheiro de equipe ao afirmar ter visto Neymar jogar melhor que Lionel Messi no Mundial até agora. "São dois gênios, dois craques. Mas o Neymar, além de ser decisivo, tem feito muitas jogadas de efeito. Para mim, é o grande nome da Copa até agora", disse Fred, que em seguida confirmou uma espécie de pacto para que Neymar seja ainda mais referência. "Quando a situação aperta, o Neymar olha para mim e nós olhamos para o Hulk, o Oscar. Mas temos que dar este suporte para que o Neymar continue desequilibrando, passarmos de fase em fase em conquistarmos o título", afirmou.

No plano individual, Fred prevê que sua parte na missão será de virar uma espécie de saco de pancadas na partida contra o Chile, pelas oitavas de final, neste sábado. A exemplo do que fez contra a Holanda em São Paulo, os sul-americanos deverão esperar o Brasil com a mesma linha de três zagueiros (Medel, Sivla e Jara) que usaram para tentar conter Arjen Robben e companhia. Caberá ao centroavante tentar atrair a atenção suficiente para abrir espaço para a estrela reconhecida da companhia.

"Procuro sempre jogar mais enfiado para deixar o Neymar trabalhar. O uso dos três zagueiros vai tornar um pouco mais difícil a saída de bola. Não acredito que vai fazer como num jogo de Libertadores, na Copa do Mundo a Fifa vai estar de olho e punir deslealdade. Só que, mesmo com a orientação de punir o agarra-agarra o futebol ainda é um esporte de contato. Quebrei uma costela num lance de jogo na Libertadores no ano passado, mas também levei muito soco e chute", filosofou Fred.

O jogador disse até estar disposto a sacrificar uma possível luta pela artilharia. "Claro que quero fazer mais gols, mas agora eu vou até dar carrinho de cabeça se for necessário. Estamos melhorando porque conseguimos jogar melhor também de forma coletiva", explicou Fred. No entanto, ele explicou que o sacrifício precisa ser feito de maneira inteligente. "Se encontrarmos uma equipe fechada, não adianta eu querer sair da área e pegar a bola para dar ao Luiz Gustavo" explicou.

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