Copa tem as oitavas de final definidas; saiba mais de cada duelo

Do UOL, em São Paulo

Depois de 48 partidas e duas semanas de jogos, a Copa do Mundo do Brasil definiu seus 16 finalistas. Entre as seleções classificadas para as oitavas de final, a Grécia e a Argélia são as únicas que chegam como estreantes nesta fase da competição.

Os duelos que definirão as oito seleções que chegarão às quartas de final trazem história curiosas, como a invencibilidade brasileira sobre o Chile e o trauma dos franceses com africanos.

Veja abaixo o que marca cada um dos oito duelos:

Brasil x Chile: o freguês vai ter razão dessa vez?

Clive Brunskill/Getty Images - Best Photo Agency & C / Pier Gia

Formado com jogadores de sucesso na Europa como Vidal, da Juventus, e Alexis Sanchez, do Barcelona, o Chile tenta acabar com a longa freguesia para o Brasil, principalmente quando o assunto é Copa do Mundo.

Em Mundiais, os chilenos nunca levaram a melhor contra o Brasil. São três eliminações do Chile em três partidas, uma delas em Santiago, durante a Copa de 1962. As demais derrotas aconteceram em no Mundial de 1998 e de 2010.

O último confronto entre chilenos e brasileiros aconteceu em novembro de 2013 e como tem acontecido historicamente, o Brasil levou a melhor por 2 a 1. Já se vão 14 anos da última vitória do Chile sobre o Brasil, nas Eliminatórias para a Copa de 2002.

Uruguai x Colômbia: a final das Eliminatórias tem de se repetir

Christopher Lee/Getty Images - EFE/Paolo Aguilar

Depois de conseguir a improvável classificação em um dos grupos mais difíceis da Copa, principalmente pela derrota para a Costa Rica, o Uruguai terá de arranjar uma forma para parar um dos principais ataques da Copa com nove gols em três partidas.

Como fazer isso? Da mesma forma que fez no jogo que deixou o Uruguai com boas chances de garantir uma vaga neste Mundial. Contra a Colômbia, na 16ª rodada, a seleção precisava vencer para não sair da zona da repescagem e conseguiu um 2 a 0 com gols no fim do jogo.

Naquela partida, o Uruguai entrava em campo extremamente pressionado pelo desempenho no primeiro turno, quando sofreu uma dura derrota por 4 a 0 na Colômbia.

França x Nigéria: os africanos estão sempre no caminho dos gauleses

Paul Gilham/Getty Images - Best Photo Agency & C / Pier Gia

A França chegou na Copa sem muita badalação, principalmente depois de perder Ribery, seu principal jogador, mas mostrou um belo começo no Mundial. Agora, a seleção francesa terá de superar um trauma recente na competição.

Ostentando o título de campeão da Copa do Mundo de 1998, a França perdeu na estreia do Mundial de 2002 por 1 a 0 para Senegal. O tropeço era apenas o início de uma campanha sem gols e de apenas um ponto.

No último Mundial, em 2010, a França voltou a ser eliminada na fase de grupos com apenas um ponto. Desta vez, o algoz foi a África do Sul, que venceu por 2 a 1 e decretou o fim da Copa para os franceses.

Alemanha x Argélia: o confronto de estilos

Daniel Roland/AFP PHOTO - REUTERS/Sergio Perez

O duelo entre a favorita Alemanha contra a zebra Argélia provavelmente terá uma soberania alemã na posse de bola. A troca de passes que normalmente aconteceu nos jogos dos europeus deverá ficar ainda mais intensa neste confronto.

Até aqui na Copa do Mundo, a Alemanha acertou 1792 passes, liderando este quesito entre todas as seleções do torneio. Esse número é quase mil a mais que os argelinos. Os africanos completaram 859 toques. O aproveitamento alemão é de 85% contra 68% dos rivais.

Quando o quesito é cruzamento, a diferença entre as duas seleções também é grande. Nos três primeiros jogos, os alemães jogaram 67 bolas na área contra 46 dos argelinos.

Holanda x México: obsessão é a palavra

AFP PHOTO/ NELSON ALMEIDA - AFP PHOTO / YURI CORTEZ

Um duelo marcado por obsessões. Holanda de times que impressionaram o mundo, mas nunca conquistaram a Copa e o México que nunca foi além das oitavas jogando fora de casa.

Mais uma vez, os holandeses impressionaram os torcedores, principalmente ao ganhar por 5 a 1 da Espanha, atual campeã do mundo. A equipe europeia ainda ostenta, ao lado de Colômbia, Argentina e Bélgica, 100% de aproveitamento no torneio. Em 2014, eles tentam finalmente chegar ao título, que bateu na trave em 1974, 1978 e 2010.

Já o México tenta superar a fase que o eliminou das últimas cinco Copas, as oitavas de final. A única vez que a seleção mexicana passou por essa fase foi em 1986, quando disputava o Mundial em casa.

Costa Rica x Grécia: a hora dos azarões mostrarem poder

AP Photo/Bernat Armangue - AFP PHOTO / ARIS MESSINIS

Um duelo inédito em Copas do Mundo e de duas seleções que nunca chegaram nas quartas de final da competição. Costa Rica e Grécia são as duas seleções menos badalas entre as 16 finalistas do torneio.

Considerado a seleção que tinha menos chance de chegar onde chegou, Costa Rica deixou para trás duas campeãs do mundo, Inglaterra e Itália. E ainda liderou um grupo que tinha um terceiro vitorioso mundial, o Uruguai.

A Grécia estava em um grupo mais fácil que a Costa Rica, mas depois de perder a estreia por 3 a 0 para a Colômbia, poucos acreditavam em sua classificação. Ela só veio nos minutos finais do duelo contra a Costa do Marfim, de pênalti.

Argentina x Suíça: quem vence o duelo de semelhanças?

Paul Gilham/Getty Images - EFE/EPA/PETER KLAUNZER

As duas seleções são formadas por jogadores semelhantes e fizeram a mesma alteração após o início da Copa. Além disso, ambos os setores defensivos não são nada confiáveis.

Do meio para frente, Messi, Di Maria e provavelmente Lavezzi, já que Agüero está suspenso, formam um ataque extremamente veloz enquanto os suíços têm a mesma característica com Mehmedi, Shaqiri e Xhaka.

Na parte defensiva, a Argentina não tem um histórico recente de ter jogadores de destaque no setor. Já a Suíça sempre chamou bastante a atenção, mas nesta Copa, o rótulo foi por água abaixo com seis gols sofridos em três partidas. 

EUA x Bélgica: confronto de artilheiros no banco de reservas

Best Photo Agency & C / Pier Gia - Kevin C. Cox/Getty Images

Um duelo marcado pelo confronto entre dois atacantes, o lamento é que ambos não estão mais dentro de campo. De um lado, o alemão Klismann comanda os EUA, do outro, Wilmots coordena os belgas.

Responsável por quase eliminar o Brasil da Copa de 2002 nas oitavas de final quando era atacante da Bélgica, Wilmots comanda uma seleção que dá muita esperança para seus torcedores, mas que ainda não brilhou, principalmente no setor ofensivo com nomes como Hazard e Lukaku.

Já Klismann, que fez história no ataque da seleção alemão, também não conta com um ataque forte ofensivamente. O problema americano ficou ainda maior quando perdeu Jozy Altidore, que se machucou na estreia do Mundial.



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