Fernandinho é melhor saindo com a bola, e Paulinho deve sair, diz Lazaroni

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

  • Fadi Al-Assaad/Reuters

    Para o técnico Sebastião Lazaroni, esta Copa está sendo a melhor de todos os tempos

    Para o técnico Sebastião Lazaroni, esta Copa está sendo a melhor de todos os tempos

O técnico Sebastião Lazaroni, que comandou a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1990, na Itália, é mais um a engrossar o coro pela substituição de Paulinho por Fernandinho no meio campo da seleção brasileira de Luiz Felipe Scolari. Em entrevista ao UOL Esporte, o treinador fez questão de dizer que esta é uma decisão que cabe exclusivamente a Felipão, mas não deixa de dizer o que pensa:

"Foi boa a entrada do Fernandinho (no jogo contra Camarões). Agora, pode acontecer de o Fernandinho ser o escolhido para sair jogando contra o Chile, porque ele trabalha melhor na saída de bola do que o Paulinho. Mas são situações que só o Felipão é quem pode definir. Mas, eu, daqui de fora, acho sim que o Fernandinho poderia entrar", argumenta Lazaroni.

Sobre o desempenho da seleção como um todo, o ex-técnico da seleção enxerga uma evolução, mas não se mostra extasiado com o futebvol que se apresentou até aqui: "Dentro de campo, o time tem procurado corresponder, com um bom futebol, um futebol de qualidade. A seleção brasileira está apresentando melhoras e, agora que começa a fase eliminatória, é importante não cometer erros, que muitas vezes podem ser fatais"

Apesar da fala reticente, Lazaroni elogiou o trabalho de Scolari frente á equipe nacional. "Acho que ele faz um bom trabalho, quem sou para falar? Ele é campeão do mundo, tem um parceiro que também é um campeão, o (Carlos Alberto) Parreira. Tem muita gente no grupo com larga experiência. A seleção tende a crescer, o caminho está bom", afirma Lazaroni, que, quando comandou a seleção na Copa de 1990, foi eliminado nas oitavas de final, com uma derrota por 1 a 0 contra a Argentina.

De acordo com o treinador, os favoritos neste Mundial são as seleções mais tradicionais que ainda restam no torneio: Brasil, Argentina, Holanda, Alemanha e França mais do que isso, é impossível falar: "esta Copa já se mostrou cheia de surpresas, não dá para arriscar".

Por fim, Sebastião Lazaroni afirma ser esta a melhor Copa que ele já viu. "Apesar de muitas obras que ficaram prontas em cima da hora, as coisas estão indo bem. Há muito entusiasmo e a vibração dentro de campo. Isso, aliado à energia que vem dos estádios cheios no país do futebol, está tornado esta a melhor Copa."

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