Nem gol e prêmio de melhor do jogo deixam Cristiano Ronaldo bem humorado

Aiuri Rebello

Do UOL, em Brasília

O gol marcado, a vitória de Portugal e o prêmio de melhor do jogo não foram suficientes para deixar Cristiano Ronaldo bem humorado. O jogador apareceu para dar entrevista nesta quinta-feira, após o triunfo por 2 a 1 em cima de Gana, com cara de poucos amigos. Além disso, demorou mais de 40 minutos para aparecer.

Na hora de responder as perguntas, foi quase monossilábico.

"Foi um jogo que tentamos ganhar e ganhamos. Tivemos muitas oportunidades, mas não conseguimos concretizar os gols, infelizmente. Tínhamos que marcar muitos gols, fazer saldo e torcer pela Alemanha", disse o camisa 7.

"Fica a lição de que era possível pela quantidade de oportunidades criadas na partida. Seguimos de cabeça erguida, vamos dar o nosso melhor. Futebol é assim. Tentamos, não conseguimos. É uma pena".

O fracasso do 'atual melhor jogador do mundo' em Copas não é uma novidade. Desde o Mundial de 1994, os atletas que são eleitos no ano que antecede o Mundial não levantam o título de campeão.

Exemplo recente é Lionel Messi, que em 2010 chegou com esse status ao Mundial da África após vencer o prêmio da Fifa (em 2009) e também decepcionou. Passou em branco e viu a Argentina ser massacrada pela Alemanha nas quartas de final.

Em 2006, Ronaldinho Gaúcho era o melhor do mundo, e o Brasil não foi muito longe. Parou na França de Thierry Henri e Zidane nas quartas de final.

Na Copa do Mundo anterior, em 2002, o português Luis Figo – que havia conquistado o troféu em 2001 – não conseguiu levar sua seleção nem às oitavas de final. O time parou ainda na primeira fase, ficando com o terceiro lugar em uma chave que contava com Coreia do Sul, Estados Unidos e Polônia.

No ano de 1998, mais um brasileiro foi vítima da 'maldição'. Ronaldo havia marcado quatro gols e até vinha bem na competição mundial, até o fatídico episódio da convulsão na grande decisão contra a França, que ficou com a taça.

E em 1994, o começo da 'maldição', com um episódio que ficou marcado na memória de brasileiros e italianos. O histórico pênalti isolado por Roberto Baggio, que havia ficado com o prêmio de melhor do mundo no ano anterior. O erro deu ao Brasil o seu quarto título mundial, colocando-o à frente da Itália, que na ocasião estacionou no tri.

Com os três pontos, o time europeu deixa a competição com a terceira colocação e evitou o vexame de ser a pior campanha da história do país na competição. Alemanha e Estados Unidos foram os que avançaram como representantes do grupo G. 

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