Seleção recebe vítimas de enchente em Teresópolis antes de treinamento

Gustavo Franceschini, Paulo Passos e Ricardo Perrone

Do UOL, em Teresópolis

No primeiro treinamento após a vitória sobre Camarões, na Granja Comary, a seleção brasileira teve a visita de 50 crianças vítimas de enchentes que atingiram Teresópolis e a região serrana do Rio de Janeiro. A ação já estava planejada desde o início da preparação da equipe de Luiz Felipe Scolari.

As crianças foram convidadas a entrar no campo, antes do início do trabalho. O contato com os jogadores e a comissão técnica durou cerca de 15 minutos. O presidente da Avit (Associação das Vítimas das Chuvas do dia 12 de janeiro em Teresópolis), que organizou a ação fez um discurso aos atletas e ao presidente da CBF, José Maria Marin, que estava no gramado. 

Despois, Carlos Alberto Parreira, coordenador técnico da seleção, organizou uma fila para as crianças, que puderam pedir autógrafos para os jogadores. "Não está arrumado aqui, Precisa ficar todo mundo enfilerado", dizia técnico, que auxilia Felipão.

Neymar, claro, foi o mais assediado pelas crianças. Alan de Almeida, 13 anos, que perdeu pai, mãe e irmã na enchente de 2011, conseguiu um autógrafo do atacante. A conversa que ele queria ter com o astro, porém, ficou para a próximo.

"Ele foi atencioso, autografou minha camisa, aqui no peito, olha", diz o garoto. "Mas conversar, o Neymar disse que não dava, que não tinha tempo. Falou que tinha que treinar. Eu entendo", conta.

O presidente da AVIT, Joel Alves Caldeira, diz que precisou escolher 50 entre quase 4 mil crianças que foram de alguma forma atingidas pela tragédia. O contato com a CBF aconteceu há um mês, quando o time começou a preparação em Teresópolis.  

"Demos preferência para as vítimas que perderam parentes, principalmente os que perderam os pais e irmãos. É uma escolha difícil", explica Caldeira.

As crianças ocuparam a arquibancada montada em frente ao campo principal de Teresópolis. Desde o inicio da preparação, há um mês, a CBF já tinha avisado, por meio de rádios e jornais locais, que receberia fãs na Granja para um dia de contato com os jogadores. 

Quando terminaram de atender as crianças, os jogadores foram para o gramado iniciar suas atividades. Quem jogou os 90 minutos da partida contra Camarões, na última segunda, foi trabalhar separadamente na academia. Os demais fizeram um aquecimento e um trabalho com bola em campo reduzido. 

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