Fifa pode proibir bebida em estádios como medida extrema em jogos perigosos

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

A Fifa admitiu que pode adotar uma medida mais dura para reduzir a violência nos estádios da Copa: proibição da venda de álcool dentro das arenas. Mas, por enquanto, a entidade entende que ainda não há necessidade deste veto pelas informações de partidas das próximas partidas.

Há um temor pela rivalidade entre torcedores de seleções sul-americanas, afinal, haverá partidas entre Brasil e Chile, em Belo Horizonte, e Uruguai e Colômbia, no Maracanã. Mas ainda não há uma definição de como será o esquema de segurança destas partidas.

"Pode ser feito em jogos de risco, como ocorreu na Alemanha. Pode ser feito se for considerado jogo de risco. Mas, ainda não vemos embasamento, para isso. A segurança é a prioridade", afirmou a porta-voz da Fifa, Delia Fischer.

Mas o COL (Comitê Organizador Local) afirmou que ainda não vê como principal problema a bebida dentro dos estádios. "O que tem gerado briga é a rivalidade", afirmou o porta-voz do COL, Saint-Clair Milesi. Mas a rivalidade tem sido alimentada, justamente por torcedores mais alcoolizados, em alguns casos.

A questão da proibição de bebidas afeta um dos patrocinadores da Fifa. A Budweiser é parceira oficial e tem direito de vender cerveja dentro do estádio, por contrato com a entidade máxima do futebol. Por isso, para a Copa, foram suspensas diversas leis locais brasileiras que proibiam a venda de álcool dentro de arenas. Essa decisão foi considerada controversa.

A segurança dos clássicos sul-americanos será determinado pelo resultado do que ocorre na partida desta quarta-feira entre Argentina e Nigéria. Dependendo do número de confusões, que podem ocorrer entre gaúchos e argentinos, haverá uma segurança mais forte ou mais fraca para as partidas das oitavas-de-final.

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