Até gol que não valeu é contabilizado para plantio de árvores na Bahia

Vagner Magalhães

Do UOL, em Salvador

Lançado há duas semanas, o projeto Gol Verde previa que para cada gol marcado durante a Copa do Mundo na Arena Fonte Nova, 1.111 mudas de espécies da Mata Atlântica fossem plantadas no Estado. O número equivale ao reflorestamento de uma área equivalente a um campo de futebol. Com a marca surpreendente de 17 gols nas três primeiras partidas, a soma chegou a 18.887 mudas.

E o número cresceu neste sábado, quando Ney Campello, que comanda a Secopa-BA (Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo na Bahia), resolveu contabilizar o gol marcado pelo atacante francês Benzema, que foi anotado depois do apito final do árbitro da partida em que a França venceu a Suíça por 5 a 2.

"Queremos tranquilizar aqueles que estavam especulando sobre a nossa capacidade de cumprir as metas do projeto. O último gol da França aconteceu de uma maneira um tanto quando dúbia. O juiz apitou quase no momento em que o jogador fez o gol. Por isso, nós vamos plantar mais 1.111 mudas pelo sexto gol de ontem", disse ele. Com a decisão, o número de mudas a serem plantadas chega a 19.998.

Campelo afirma que estão reservadas mais de 30 mil mudas para o projeto, o que permite mais três gols para cada uma das partidas que serão realizadas na Fonte Nova até o fim do torneio, sem qualquer susto.

Ainda assim, o secretário diz que está em busca de novos parceiros para contribuir para o projeto. Ele conta que além do plantio das mudas, é necessário um monitoramento de pelo menos dois anos para que elas possam se transformar efetivamente em árvores.

"Precisamos da adesão de empresas, de secretarias de meio-ambiente, que desejem tanto plantar, como monitorar por 2 anos, para as mudas se transformem em árvores. É uma satisfação em ver que esse projeto gol verde se transformou em adubo para gol na Fonte Nova. É uma reflexão sobre esse tema, que é transversal, da sustentabilidadade", diz ele.

O secretário se disse surpreso com os 17 gols marcados nos três primeiros jogos na Fonte Nova, apelidada pelos baianos de "Fonte de Gols". "Nós tivemos muita sorte. Não esperava que a Arena se transformasse numa fonte de gols. A Arena se projeta, a marca do nosso Estado se projeta. Queremos que a Fonte Nova ofereça aos torcedores estádio cheio, aos brasileiros e estrangeiros, um espetáculo belíssimo, pacífico", diz.

De acordo com Campello, a percepção sobre a realização da Copa do Mundo está mudando aos poucos. "Nesses últimos dias vai mudando a abordagem. De que a Copa nem era a panacéia de solução de todos os problemas brasileiros, porque não foi isso para que ela veio. Mas nem era esse verdugo, esse algoz que só deixaria problemas, nem aquilo que iria resolver todos os problemas do país", disse.

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