"Os ingleses vão sofrer. Vamos ganhar deles e vamos para a segunda fase", disse Lugano, no lobby do hotel onde a delegação do Uruguai se hospeda. Mas o Lugano não era Diego, que foi vetado por dores no joelho esquerdo e não enfrenta a Inglaterra, amanhã, no Itaquerão. Era Diana, sua mãe, que estava ao lado de Augusto, o sogro do capitão uruguaio.

Diana fala como se fosse ela a entrar em campo para enfrentar Gerrard e Rooney. E a confiança vem do velho discurso de sempre. "Vamos nos classificar porque nós uruguaios somos assim. Quando tudo está difícil, a gente se supera. A história mostra isso".

Tão confiante está que já pensa na final ansiada. "Gostaria que fosse contra o Brasil. Seria uma festa enorme, seria uma honra para meu filho e para os jogadores todos".

O outro sonho é ver o filho jogando novamente no Brasil. "Ele bem que poderia voltar para o São Paulo. Ali, é a segunda casa dele. Foi sempre bem tratado e foi ídolo".

A aposta no passado como farol para o presente não é apenas de Diana. O jornalista William Rodriguez, que trabalha para jornais uruguaios e também da Alemanha, montou uma espécie de altar, com uma camiseta autografada por Suárez e Forlán, uma camiseta antiga, com no nome de Ghiggia, um boné relembrando 1950 e uma câmera fotográfica.