Após o jogo desta terça-feira (17) no Mineirão, em Belo Horizonte, quando Bélgica e Argélia estreiam na Copa do Mundo, pelo menos um grupo de torcedores ficará feliz com qualquer placar: a família Gansemans. Eles moram em Paris, na França, mas o pai é belga e a mãe tem pais argelinos.

"Que vença o melhor", diz Martin, o pai. "Vamos torcer para os dois fazerem gols e vibrar com os ataques de ambos", completa Sônia.

O equilíbrio da torcida na família é expressa nos uniformes.  Na tarde de segunda-feira (16) quando passeavam pela capital mineira, Sônia usava uniforme da Argélia e carregava a bandeira do país, enquanto seu marido vestia uma camisa dos "Red Devils", apelido da seleção belga.

O filho mais velho do casal, Alan, de 15 anos, também vestia uma blusa vermelha.  Dylan, de 11 anos, porém, usava blusa da Bélgica e, na cabeça, faixa da Argélia. E com uma corneta do Brasil, entoava, com a mãe, um grito da seleção argelina.

O casal conta que já planejava vir ao Brasil para a Copa do Mundo e, quando ficou sabendo da estreia de suas duas seleções juntas, comemorou. "É uma chance única na vida", afirma Sônia.

Os Gansemans ficarão no Brasil, onde chegaram no domingo (15), até o fim do Mundial. Por enquanto, o único jogo para o qual eles têm ingressos é Bélgica x Argélia. "Vamos tentar comprar outros, mas, se não der, tudo bem", diz Martin.