Americano eufórico em jogar com brasileiros às margens da Bacia do Amazonas
Felipe Pereira
Do UOL, em Manaus
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Felipe Pereira
O americano Frank Wilson em mais uma tentativa frustrada de fazer um gol em jogo com brasileiros em Manaus
Alto, branco e desengonçado com a bola nos pés. De longe era fácil notar que havia um estrangeiro jogando futebol com os moradores de Manaus na Praia da Ponta Negra. O americano Frank Wilson, 29 anos, está no Brasil para ver a Copa e explicou que não quis perder o domingo de sol trancado no hotel. Deixou os amigos e foi para o lugar mais movimentado da cidade segundo o recepcionista do hotel.
Foi a melhor decisão do dia porque estava realizado por jogar bola com os brasileiros no meio da Amazônia e às margens da maior bacia hidrográfica do mundo. Vivia uma experiência para o resto da vida no país do futebol e em época de Copa do Mundo.
Zagueiro nos tempos de colégio, quis ser atacante neste domingo. "Muito mais glória. Na defesa só lembram dos teus erros", explicava. Mas a vontade de ser artilheiro foi contrariada pela falta de habilidade. O desempenho provou que o lugar de Frank é na defesa. Em três jogos nenhum gol e uma dor na coxa depois de tentar uma bicicleta.
Antes de correr para a água tirar a areia do corpo e aliviar o calor, o americano elogiou o sistema brasileiro do jogo durar cinco minutos e se ninguém fizer gol os dois times saírem. "A rotatividade é muito maior e os times têm que jogar para o ataque". Nos Estados Unidos a partida vai até alguém marcar três vezes. Com atacantes do nível dele demora.
Quando as características em campo, Frank é um atacante trombador. Ao pegar a bola toca para o companheiro na lateral e corre para área para tentar definir a jogada. Só que ele sofreu com o calor de Manaus e não demorou para começar a andar em campo.
Voltava para trás do meio do campo só quando saia um gol. Mas quando os companheiros roubavam a bola a vontade de dizer que fez um gol jogando no Brasil fazia correr para o ataque. Robson da Silva de Lacerda, 20 anos, era companheiro de time e, se não elogiou Frank, disse que dá para brincar. Certeza de que de todos em campo o americano foi quem mais se divertiu.