Com Scolari, Neymar dobra seu poder de decisão quando o jogo é 'pra valer'

Paulo Passos

Do UOL, em Teresópolis (RJ)

  • AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI

    Neymar marca no Itaquerão e vibra na vitória da seleção brasileira sobre a Croácia

    Neymar marca no Itaquerão e vibra na vitória da seleção brasileira sobre a Croácia

Neymar decide. Na seleção brasileira tem sido assim, do mesmo jeito que ocorreu na estreia da Copa do Mundo, quando marcou os dois primeiros gols do Brasil na virada sobre a Croácia, por 3 a 1. Desde que Luiz Felipe Scolari assumiu, o atacante venceu todas as partidas de competições em que atuou. Foram seis jogos e seis gols.

A diferença em relação aos primeiros anos de Neymar na seleção brasileira é grande. Na era Mano Menezes, ele disputou dez partidas em torneios oficiais, a Copa América de 2011 e os Jogos Olímpicos de 2012, e marcou cinco gols.

Foi na primeira competição oficial com a seleção brasileira, a Copa América na Argentina, que Neymar sofreu um dos momentos mais críticos na seleção. Ele vinha de um título de Libertadores da América no Santos, mas vivia uma seca de gols com a camisa amarela.

No torneio continental, só foi marcar no terceiro jogo, a vitória contra o Equador, por 4 a 2.  Com a ausência de gols nas primeiras duas partidas do torneio de 2011 a estrela precoce recebeu críticas internas de jogadores mais experientes na seleção, que argumentavam para o técnico Mano Menezes que o atacante precisava ser mais objetivo.

"A gente não quer enfeitar a jogada, o que a gente mais quer é fazer o gol. Não queremos deixar o gol mais bonito. Gol, feito de qualquer forma, de barriga, vai valer a mesma coisa", defendeu-se Neymar na época.

O cenário é completamente diferente do vivido hoje na seleção. Com Felipão, Neymar não deu tempo para haver qualquer questionamento sobre seu poder de decisão.

Na Copa das Confederações, levou três minutos para fazer o primeiro gol, na vitória contra o Japão. Na última quinta, na estreia do Mundial, achou um gol num chute de fora da área, quando o Brasil perdia o jogo, aos 29 minutos do primeiro tempo.

"Não importa se gol é de bicicleta, chute errado. O importante é estar na rede. Estou contente de ajudar a minha equipe", disse o atacante após a estreia.

A fala é quase a mesma de três anos antes, quando ainda havia dúvidas sobre o seu poder de decisão com a camisa do Brasil. O momento, porém, agora é outro. Ao ouvir uma pergunta sobre quem seria o craque da Copa, antes do jogo com a Croácia, Felipão nem falou, só apontou para Neymar, que estava ao seu lado.

Após ouvir a risada do atacante, disse: "Mas o craque tem que ser o campeão!. Não adianta ser o craque sem levar o título".

Neymar
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