Público recebe com frieza festa da abertura no Itaquerão

Fernando Duarte

Do UOL, em São Paulo

O mosaico de costumes que é o Brasil já é complexo mesmo para quem vive no país. Comprimi-lo em 25 minutos era um desafio quase impossível de escapar dessa realidade. A cerimônia de abertura da Copa do Mundo de 2014 também não tentou apelar para a pirotecnia e isso ajuda a explicar a recepção relativamente fria que teve do público no Itaquerão.

Tampouco ajudou a descrição vaga do tema da cerimônia: uma homenagem "à natureza, às pessoas e ao futebol". A maior concessão à tecnologia foi uma bola como mais de 90 mil luzes. E que depois de abriu para o surgimento de Cláudia Leitte e Jennifer Lopez, o que enfim despertou alguma emoção na plateia.

Alguns elementos cativaram o público, como as camas elásticas em formato vitória-régia sobre as quais  crianças fantasiadas de flores saltavam. O uso de fantasias de árvores caminhantes lembrando as criaturas da trilogia de "O Senhor dos Anéis" também se destacou.

Um problema foi a arquitetura do estádio, cujos espaços vazados dispersavam o som e tornavam um pouco difícil. Mas ao final do evento, a saudação ruidosa da plateia foi um sinal de aprovação. E houve até abraço da diva Lopez com Claudia Leitte, o que no casa da temperamental cantora americana é uma demonstração e tanto de afeto.

Depois dos aplausos, a plateia voltou a se unir, mas só que para soltar palavrões contra a presidente Dilma Rousseff.
 

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